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25/07/2001
-
00h03
LEONARDO MEDEIROS
da Folha Online
Alta do dólar somada à mais grave crise energética da história brasileira: o atual cenário econômico não poderia ser mais adverso para o setor de informática. "Será um dos piores anos da Fenasoft", afirma Ivair Rodrigues, gerente de pesquisa de hardware da IDC Brasil.
Segundo o analista, o pesado racionamento imposto pelo governo deve ser decisivo para o sucesso do evento. "Duvido que o público se interesse por novos equipamentos eletrônicos pensando que deve economizar energia."
Para Rodrigues, outro fator limitante é a atual cotação da moeda americana. "Nós importamos quase tudo que consumimos em hardware, então é natural que o preço médio dos produtos esteja em alta", diz o especialista. "Esse não é um bom momento para a venda no mercado doméstico", resume.
A análise de Rodrigues já se confirmou nos resultados das vendas nos últimos meses. Segundo boletim do IDC, em maio, as vendas de PCs, monitores, servidores e impressoras sofreram uma queda de 30% em relação ao mês anterior.
Na visão de Max Gonçalves, o momento é realmente crítico. Porém, o presidente da Fenasoft ainda é otimista. "A crise é um problema, mas é preciso viver com isso", diz. "Por outro lado, a feira tem a característica de movimentar o mercado, de dialogar sobre as dificuldades e criar consciência de que se deve produzir no Brasil."
Feira virou comércio
As críticas ao evento não ficam por aí. Segundo Ivair Rodrigues, a Fenasoft vem perdendo há algum tempo sua característica que era expor para o mercado corporativo e divulgar novas tecnologias. "A feira virou um grande comércio e passou a se destinar ao usuário comum, que vai em busca de produtos e promoções." Coincidência ou não, o maior estande deste ano será o da Kalunga (veja mapa), rede varejista que vende produtos de informática.
Max Gonçalves rebate. "Um dos problemas do mercado de informática no Brasil é a distribuição. Nosso país é ineficiente nesse campo, então é natural que a Fenasoft se torne um ponto de referência em vendas", afirma. "Por outro lado, a presença de empresas como a Kalunga são importantes porque centralizam as vendas. A HP pode ter um lançamento sensacional, porém não possui uma infra-estrutura adequada de venda ao grande público", conclui.
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Segundo o analista, o pesado racionamento imposto pelo governo deve ser decisivo para o sucesso do evento. "Duvido que o público se interesse por novos equipamentos eletrônicos pensando que deve economizar energia."
Para Rodrigues, outro fator limitante é a atual cotação da moeda americana. "Nós importamos quase tudo que consumimos em hardware, então é natural que o preço médio dos produtos esteja em alta", diz o especialista. "Esse não é um bom momento para a venda no mercado doméstico", resume.
A análise de Rodrigues já se confirmou nos resultados das vendas nos últimos meses. Segundo boletim do IDC, em maio, as vendas de PCs, monitores, servidores e impressoras sofreram uma queda de 30% em relação ao mês anterior.
Na visão de Max Gonçalves, o momento é realmente crítico. Porém, o presidente da Fenasoft ainda é otimista. "A crise é um problema, mas é preciso viver com isso", diz. "Por outro lado, a feira tem a característica de movimentar o mercado, de dialogar sobre as dificuldades e criar consciência de que se deve produzir no Brasil."
Feira virou comércio
As críticas ao evento não ficam por aí. Segundo Ivair Rodrigues, a Fenasoft vem perdendo há algum tempo sua característica que era expor para o mercado corporativo e divulgar novas tecnologias. "A feira virou um grande comércio e passou a se destinar ao usuário comum, que vai em busca de produtos e promoções." Coincidência ou não, o maior estande deste ano será o da Kalunga (veja mapa), rede varejista que vende produtos de informática.
Max Gonçalves rebate. "Um dos problemas do mercado de informática no Brasil é a distribuição. Nosso país é ineficiente nesse campo, então é natural que a Fenasoft se torne um ponto de referência em vendas", afirma. "Por outro lado, a presença de empresas como a Kalunga são importantes porque centralizam as vendas. A HP pode ter um lançamento sensacional, porém não possui uma infra-estrutura adequada de venda ao grande público", conclui.
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