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03/08/2001 - 12h17

Pequenas empresas usam Fenasoft como vitrine, mas vendem pouco

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da Reuters

Vendas, quase nada. Mas a divulgação vale a pena para as pequenas empresas que participam da 15ª Fenasoft, uma das maiores feiras de informática da América Latina. Com o apoio de associações de classe, essas empresas gastam pouco para conseguir pilhas de cartões de visitas que serão usados para aproximação comercial nas próximas semanas.

O Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), por exemplo, instalou, numa área de 900 metros quadrados, 43 estandes de desenvolvedores de software nacional, fornecedores de suprimentos de informática e até de móveis ergonômicos e produtos fisioterápicos.

A presença de 29 empresas de vários Estados foi totalmente subsidiada pelo Sebrae Nacional. Outras 14 empresas receberam apoio do Sebrae São Paulo, que subsidiou 40% dos custos. O preço do estande de 15 metros quadrados para esta feira é de R$ 3.800.

Mas a Promisys, que tem 20 mil clientes do software de gestão Empresário, carro-chefe da linha de produtos da empresa, gastou R$ 20 mil para passar esta semana na Fenasoft, contando já com o subsídio do Sebrae-SP.

O sócio-diretor da Promisys, Carlos Alexandre Borges, disse que essa era uma oportunidade única para divulgar a terceira versão do Empresário, mas principalmente de convencer os clientes tradicionais a atualizar seus sistemas.

"Novos clientes, atendi poucos", disse. Ele chegou a vender no estande 15 unidades do Empresário até esta quinta-feira. "Mas isso não paga o investimento", comentou. Cada Empresário III custa R$ 399 e a atualização, R$ 299.

A Promisys é uma empresa de 30 funcionários, incluindo oito programadores, e 15 vendedores comissionados. Conquistou no Sebrae, há cerca de 5 anos, um bom canal de divulgação do seu principal produto quando se identificou que as micro e pequenas empresas brasileiras precisavam agilizar processos com a informatização.

Hoje a Promisys vende entre 400 e 500 unidades do Empresário por mês, mas Borges acredita que apenas 60% das pequenas empresas são informatizadas e somente 10% das micro. "É um processo doloroso, não é fácil, porque o software passa a administrar a empresa", disse.

Pequenos provedores

As micro, pequenas e médias empresas são o nicho que os também pequenos provedores de acesso à internet encontraram para sobreviver em meio à batalha publicitária dos grandes nomes da rede mundial.

Enquanto apenas o Terra entre os grandes provedores manteve-se fiel à Fenasoft este ano, outras sete pequenas empresas do setor conseguiram espaço na feira. Elas negociaram em conjunto tendo à frente a Abranet (Associação Brasileira dos Provedores de Acesso, Serviços e Informações da Internet).

Segundo o diretor de Novos Serviços da Abranet, Carlos Alberto Greco, a associação —diferentemente do Sebrae— nada subsidiou. As empresas assumiram os custos, mas reduziram os gastos partilhando infra-estrutura comum de auditório, salas de reuniões, serviço de cozinha, assessoria de imprensa.

A Telefônica forneceu o acesso em alta velocidade para os expositores da Abranet gratuitamente. Greco, que é dono de um provedor que leva o seu nome, estima gastar R$ 6.000 nesta semana na Fenasoft. Contrato, ele não fechou nenhum. Mas recebeu muitos contatos de empresas que querem se cadastrar como revendedores de um novo produto que a Greco Internet vai lançar.

Outro provedor, o NetPoint, que afirma ter sido o terceiro a surgir no Brasil, em junho de 1995, se uniu a parceiros de aplicativos —a 4 Web Solutions e a VirtualNet— para reduzir os custos. Replicando no pequeno estande uma feira de rua, os representantes das três empresas fizeram uso de um megafone para chamar a atenção em meio a tanto barulho.

"A gente não veio vender, nem tem contrato para fazer na hora", afirmou o gerente de projetos da 4 Web, Newton Carlos Dantas. "Pegamos os contatos e, a partir da semana que vem, fazemos um trabalho mais próximo, agendamos reuniões", disse.

A 4 Web vende soluções de comércio eletrônico por intermédio da NetPoint. Entre os clientes está a Ri Happy Brinquedos, que lançou a venda pela internet há 3 meses, segundo Dantas. "É um produto que demora para ser vendido, não é como vender banana", disse.

Mas a satisfação é tão grande, segundo Dantas e Greco, que já estão decididos a garantir a presença na Comdex, mais uma feira de tecnologia, que acontece em agosto na capital paulista. A Abranet, que esteve pela primeira vez na Fenasoft, deve repetir a dose na Comdex, informou o diretor.

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