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06/08/2001 - 16h08

Empresas de internet européias apelam para a pornografia

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da Reuters, em Londres (Reino Unido)

Esqueça os livros, a música e os vôos de último minuto. Os artigos de sex-shops, o entretenimento pornográfico e as salas de bate-papo para adultos estão se tornando produtos obrigatórios para as companhias de internet européias que procuram formas de ganhar dinheiro.

"O que está provocando a adoção do conteúdo adulto é a receita estável que ele gera", disse Scott Smith, diretor de estratégias de internet da empresa de pesquisa Yankee Group. "Sexo vende", acrescentou.

Em meados de agosto, a Freenet.de, segundo maior provedor de internet da Alemanha, vai lançar o Fundorado.de, um site que vende filmes da pesada e dá acesso a galerias de fotos e grupos de bate-papo de sexo, por US$ 8,77 dólares ao mês.

A empresa é uma entre várias companhias européias de internet que se preparam para capitalizar em cima da demanda ávida do internauta pelo conteúdo adulto, um mercado que já tem competição acirrada de companhias estabelecidas há muito tempo.

A Fundorado.de, que funcionará como uma empresa separada, recebeu capital da Orion Holding International GmbH — uma dos maiores produtoras e distribuidoras de filmes e livros eróticos da Alemanha — e a operadora de sex-phones alemã Audiofon GmbH.

Na segunda-feira, a maior rival doméstica do provedor Freenet, a T-Online, anunciou que também vai entrar no negócio do sexo, unindo-se à editora de revistas adultas Private Media Group.

Em 17 de julho, outra empresa, o serviço de e-mail gratuito alemão GMX.de, disse que vai desenvolver um empreendimento semelhante. E na Grã-Bretanha, a Lastminute.com introduziu discretamente um leilão de artigos de sex-shop em seu site na semana passada.

Algumas empresas de internet européias têm pouca escolha além de tentar encontrar novas fontes de receita para finalmente auferir algum lucro. Com o faturamento de publicidade e comércio eletrônico praticamente inexistente, agora só lhes resta trocar o duvidoso pelo certo, em termos financeiros.

Em relatório de 1998, a empresa de pesquisa de internet na Grã-Bretanha Datamonitor previu que o mercado de pornografia on-line iria movimentar US$ 3,1 bilhões em 2003. E um estudo recente da Netvalue disse que 33% dos internautas na Alemanha têm acesso regular a sites adultos.
 

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