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30/08/2001
-
20h58
LEONARDO MEDEIROS
da Folha Online
De um lado, a Intel mostra orgulhosa seu mais novo e potente Pentium 4 de 2 GHz. De outro —um pouco mais tímida, porém atacando de frente a líder de mercado— a AMD apresenta o Athlon de 1,4 GHz. No meio da guerra entre as duas maiores fabricantes de processadores do mundo, o consumidor é beneficiado com equipamentos mais potentes e mais baratos.
Porém, na hora de escolher entre um e outro, os usuários ficam na dúvida. O empresário Renato Simoni, por exemplo, diz que comprou um computador equipado com o Athlon convencido pelos vendedores da loja. "Queria levar um Pentium, mas me disseram que a relação entre custo e benefício era melhor para o Athlon", conta. Apesar da aquisição, Simoni diz confiar mais no processador concorrente. "O nome Pentium é muito forte e traz mais segurança para os usuários."
Já o gerente comercial Roberto Nakashima prefere o chip da AMD. "Trabalho com tratamento de imagens e percebo que o Athlon tem um processamento maior; meu trabalho rende mais", afirma. "Pretendo trocar meu computador em breve, mas ainda não sei qual processador vou optar. Depende muito do preço."
Fabricantes de PCs não tomam partido
Enquanto as gigantes se digladiam, os fabricantes de computadores mantêm-se neutros. "A Intel é uma dos nossos principais parceiros, mas nada impede de eu trabalhar com a AMD no futuro", diz Paulo Bucaresky, gerente comercial da Metron.
Segundo Bucaresky, 95% dos PCs fabricados pela empresa levam os processadores da Intel. Entretanto, alguns modelos desenvolvidos em parceria com a Creative começam a adotar os chips da AMD. "A opção de montagem desses produtos não levaram em conta apenas a opção da Metron."
A fabricante expõe na Comdex o novo processador Pentium 4 de 2 GHz, que deve chegar ao mercado em outubro por R$ 6.999. "A Intel é líder de mercado. As pessoas nem questionam se o produto é bom", afirma Bucaresky.
Outra fabricante de computadores, a Itautec, se mantém mais ausente da disputa. "Posso dizer que o desempenho entre os dois processadores são equivalentes", diz André Francisco, engenheiro de produto da Itautec. "É difícil medir qual é mais rápido porque as duas empresas trabalham com parâmetros diferentes", afirma. "Preferimos deixar essa análise para os clientes."
Durante a Comdex, a empresa demonstra o Pentium 4 de 2 GHz e o Athlon de 1,4 GHz, com previsão de lançamento em um mês. A Itautec não fornece dados sobre qual produto é mais vendido.
Intel reina absoluta, mas AMD incomoda
Apesar da briga cerrada entre as duas maiores fabricantes de processadores, a AMD está presente em apenas 17,1% dos computadores, segundo a Mercury Research. Entretanto, a empresa dobrou sua participação no mercado em apenas dois anos, chamando a atenção da Intel, líder absoluta.
"Nós conquistamos rapidamente o mercado doméstico por nossos preços mais baixos. Agora, a estratégia é aumentar nossa participação no setor corporativo", diz José Pedro Ranalli, gerente de marketing da AMD Brasil.
Além da disputa entre o Athlon e o Pentium, a empresa também concorre diretamente com o Celeron, por meio de seu processador Duron, atualmente na marca de 1 GHz.
Segundo Ranalli, a maior velocidade do Pentium não significa que os processadores da AMD sejam menos rápidos. "A performance não pode ser medida apenas pela frequência com que o chip trabalha, mas pelo funcionamento do conjunto."
Entretanto, ele destaca uma desvantagem entre seu produto e da concorrência. "Temos um menor investimento na marca. Talvez falte um pouco mais de marketing", conclui.
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AMD e Intel mostram processadores mais rápidos na Comdex
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da Folha Online
De um lado, a Intel mostra orgulhosa seu mais novo e potente Pentium 4 de 2 GHz. De outro —um pouco mais tímida, porém atacando de frente a líder de mercado— a AMD apresenta o Athlon de 1,4 GHz. No meio da guerra entre as duas maiores fabricantes de processadores do mundo, o consumidor é beneficiado com equipamentos mais potentes e mais baratos.
Porém, na hora de escolher entre um e outro, os usuários ficam na dúvida. O empresário Renato Simoni, por exemplo, diz que comprou um computador equipado com o Athlon convencido pelos vendedores da loja. "Queria levar um Pentium, mas me disseram que a relação entre custo e benefício era melhor para o Athlon", conta. Apesar da aquisição, Simoni diz confiar mais no processador concorrente. "O nome Pentium é muito forte e traz mais segurança para os usuários."
Já o gerente comercial Roberto Nakashima prefere o chip da AMD. "Trabalho com tratamento de imagens e percebo que o Athlon tem um processamento maior; meu trabalho rende mais", afirma. "Pretendo trocar meu computador em breve, mas ainda não sei qual processador vou optar. Depende muito do preço."
Fabricantes de PCs não tomam partido
Enquanto as gigantes se digladiam, os fabricantes de computadores mantêm-se neutros. "A Intel é uma dos nossos principais parceiros, mas nada impede de eu trabalhar com a AMD no futuro", diz Paulo Bucaresky, gerente comercial da Metron.
Segundo Bucaresky, 95% dos PCs fabricados pela empresa levam os processadores da Intel. Entretanto, alguns modelos desenvolvidos em parceria com a Creative começam a adotar os chips da AMD. "A opção de montagem desses produtos não levaram em conta apenas a opção da Metron."
A fabricante expõe na Comdex o novo processador Pentium 4 de 2 GHz, que deve chegar ao mercado em outubro por R$ 6.999. "A Intel é líder de mercado. As pessoas nem questionam se o produto é bom", afirma Bucaresky.
Outra fabricante de computadores, a Itautec, se mantém mais ausente da disputa. "Posso dizer que o desempenho entre os dois processadores são equivalentes", diz André Francisco, engenheiro de produto da Itautec. "É difícil medir qual é mais rápido porque as duas empresas trabalham com parâmetros diferentes", afirma. "Preferimos deixar essa análise para os clientes."
Durante a Comdex, a empresa demonstra o Pentium 4 de 2 GHz e o Athlon de 1,4 GHz, com previsão de lançamento em um mês. A Itautec não fornece dados sobre qual produto é mais vendido.
Intel reina absoluta, mas AMD incomoda
Apesar da briga cerrada entre as duas maiores fabricantes de processadores, a AMD está presente em apenas 17,1% dos computadores, segundo a Mercury Research. Entretanto, a empresa dobrou sua participação no mercado em apenas dois anos, chamando a atenção da Intel, líder absoluta.
"Nós conquistamos rapidamente o mercado doméstico por nossos preços mais baixos. Agora, a estratégia é aumentar nossa participação no setor corporativo", diz José Pedro Ranalli, gerente de marketing da AMD Brasil.
Além da disputa entre o Athlon e o Pentium, a empresa também concorre diretamente com o Celeron, por meio de seu processador Duron, atualmente na marca de 1 GHz.
Segundo Ranalli, a maior velocidade do Pentium não significa que os processadores da AMD sejam menos rápidos. "A performance não pode ser medida apenas pela frequência com que o chip trabalha, mas pelo funcionamento do conjunto."
Entretanto, ele destaca uma desvantagem entre seu produto e da concorrência. "Temos um menor investimento na marca. Talvez falte um pouco mais de marketing", conclui.
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