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25/09/2001 - 22h32

Folha iBrands: Universo Online é o 'Top do top' da internet

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ESTANISLAU MARIA
da Revista da Folha

Questionados sobre a primeira marca lembrada quando se pensa em internet, 21% dos entrevistados -um em cada cinco- responderam "UOL", o que garantiu ao portal a posição de Top do Top.

As cinco marcas mais citadas pelos internautas são de provedores de acesso e não existiam há cinco anos no Brasil. Depois do UOL, com a metade das citações, aparecem em empate técnico o Terra e o iG (Internet Group), com 10% e 9% respectivamente. BOL (Brasil Online) e AOL (American Online), ambos com 5%, ficaram em terceiro.

A gigante da informática Microsoft é a primeira não exclusiva de internet a aparecer, com 4%. Globo, Cadê?, Yahoo!, IBM, Zipmail, Windows, Hotmail, Pentium e Compaq obtiveram 1% das citações. Dos pesquisados, 8% responderam "nenhuma", "não sei" ou "não lembro". Os 29 pontos percentuais restantes são divididos por cerca de uma centena de marcas que não chegam a um ponto sozinhas.

O UOL, que atinge 66% dos internautas brasileiros, segundo o instituto Media Metrix, tem sua predominância ameaçada na região Sul, onde tem 16% de citações e fica em empate técnico com o Terra (19%). O iG melhora nas regiões metropolitanas, nas quais sobe para 12%, mas cai para 5% nas cidades do interior.

Com algumas variações percentuais, as lembranças UOL, Terra e iG aparecem nessa mesma ordem na pesquisa por sexos separados. A classificação também não se altera entre os pesquisados na faixa de 14 a 44 anos, em qualquer nível de escolaridade e em qualquer renda familiar mensal.

"A internet tem mostrado sua utilidade. Ultrapassamos a explosão inicial, houve ajustes, mas há um crescimento lento e seguro agora. Estamos condenados a crescer", afirma Caio Túlio Costa, diretor-geral do UOL no Brasil.

O UOL sofreu concorrência forte, no início, da AOL e do Terra. Depois, dos bancos que abriram acesso gratuito e, desde janeiro de 2000, do iG, que também oferece esse serviço grátis. "O que o UOL dizia na época é o que o modelo gratuito não teria como se sustentar. O tempo está mostrando isso", diz Caio Túlio.

Para combater os provedores gratuitos, o Grupo UOL lançou, em outubro de 1999, o BOL (Brasil Online), hoje o segundo site mais visitado, que nasceu gratuito, mas agora cobra R$ 9,90 pelo acesso.

O diretor de marketing do Terra, Marcos Caetano, concorda com Caio Túlio. "O modelo de assinatura é importante. A internet grátis demonstrou que não dá para viver só de publicidade." O Terra também abriu um canal de acesso gratuito, o Terra Livre, mas não investe mais ali.

O diretor-superintendente do iG, Roberto Simões, rebate: "Quem saiu do verme-lho?" "Nós", responde ele mesmo. "Desde maio, não temos prejuízo", garante.

A retração do mercado publicitário no primeiro semestre assustou a todos. Os anunciantes diminuíram; o preço do anúncio caiu. Para reduzir gastos, tanto no iG como nos outros portais, funcionários foram demitidos; contratos, renegociados; sites menores, cortados.

Enquanto seus concorrentes abriram "filiais" com internet grátis, o iG criou alternativas pagas. No Super iG, que usa a banda larga, o usuário paga R$ 39,90 mensais, fora a instalação, que pode chegar, conforme o usuário, a R$ 210. "São tecnologias diferentes. O modelo de discagem telefônica continuará gratuito", diz Simões.

Nenhum dos portais divulga seu faturamento, mas Caio Túlio e Caetano dizem que as receitas vêm, em média, 80% das assinaturas e 20% de publicidade.

Para o futuro, os três apostam em maior interatividade, investimentos em novas mídias dentro da internet, como a TV e as conexões sem fio, e as possibilidades que a banda larga proporcionar.

Leia mais sobre o prêmio Folha iBrands
 

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