MARCIO STRUMIELLO
colaboração para a Livraria da Folha
Marcio Strumiello | ||
Auckland é uma das maiores cidades da Oceania e tem infraestrutura bem adapatada para receber turistas |
Auckland é a maior cidade da Nova Zelândia e tem pouco mais de 1 milhão de habitantes, quase um quarto da população do país. É estranho pensar que tanta gente viva em cima de 50 vulcões, mesmo todos inativos e monitorados constantemente por cientistas.
A maior cidade neozelandesa é moderna e ao mesmo tempo tranquila. Fora da região central (Auckland Central) tem a aparência de uma cidade de interior. Prédios altos se limitam ao centro e o restante de Auckland é enorme subúrbio com casas e parques.
Marcio Strumiello |
Mount Eden com a cidade de Auckland ao fundo; montanha é sagrada para o povo maori |
As principais atrações ficam nessa região central, que tem restaurantes, lojas, galerias e museus. A principal delas e atual cartão postal da cidade é a Sky Tower, torre inaugurada em 1997 com mais de 320 metros de altura e que oferece uma vista de toda a cidade. Para os mais radicais, é possível descer de seu topo até o chão preso por cabos, em um tipo de bungee jump. No alto da torre também há um restaurante e na base funciona um casino.
Outra boa opção em Auckland Central é a Westhaven Marina, com excelentes restaurantes e bares, que além de boa comida oferecem vista para a baía. É bem provável que o visitante a veja cheia de veleiros e lanchas; Auckland é a cidade com mais barcos por pessoa no mundo. Passeios noturnos pela região também são recomendados, já que a cidade é muito segura, aparecendo sempre entre aquelas com melhor qualidade de vida no mundo.
A noite de Auckland é animada, a maioria das casas noturnas cobra apenas uma pequena taxa para o ingresso. É comum que as pessoas se desloquem entre os bares mais badalados. Auckland Central e o bairro de Parnell têm as melhores opções. Os neozelandeses bebem bastante (consome mais litros de álcool por pessoa que os americanos, por exemplo) e em alguns lugares a cerveja pode vir servida em jarras, o que pode parecer estranho para o turista brasileiro.
Marcio Strumiello |
Moradores da cidade gostam de atividades ao ar livre e várias famílias possuem um barco |
Caminhar pela cidade pode ser um pouco cansativo já que os inúmeros derramamentos de lava do passado fizeram com que parte de Auckland ficasse cheia de morros. Os ônibus e táxis em são geralmente caros, mas em compensação não há muito o que fazer fora da região central da cidade. As principais exceções ficam por conta do Mount Eden, topo de um vulcão inativo com bela vista da cidade e da baía, e Mission Bay, uma praia tranquila que tem bons bares à beira-mar e um famoso sorvete. Para quem gosta de surfe, a praia de Piha é uma opção. Só vale lembrar que nesse caso é melhor alugar um carro e que o país utiliza a mão inglesa. Para quem não está acostumado, é bom tomar cuidado.
Uma opção para o fim de tarde em Auckland é pegar o Ferry Boat no centro e ir até o Waitemata Harbour, que fica do outro lado lado da baía, e ver o entardecer com uma visão privilegiada do centro e da Sky Tower.
A gastronomia de Auckland geralmente traz boas surpresas. Pratos feitos com peixe e frutos do mar são o forte, assim como os feitos com ovelha, animal muito comum no interior do país. A culinária é diversificada e na região central existem bons restaurantes indianos, japoneses e chineses, em sua maioria administrados por famílias de imigrantes. O vinho neozelandês é de qualidade, principalmente o branco,e de fácil harmonização com o cardápio de frutos do mar. Alguns restaurantes permitem que o cliente leve a própria garrafa se pagar uma pequena taxa, algo entre cinco e dez dólares neozelandeses, e sinalizam isso com a sigla B.Y.O. ("Bring Your Own", "traga o seu" em português).
Divulgação |
País conta com belezas naturais e boas opções de diversões urbanas |
A atmosfera da cidade é cosmopolita, o que é um pouco diferente do resto do país, de aspecto mais interiorano. Os moradores de Auckland estão acostumados a turistas e são bem receptivos. O maior empecilho para contato pode ser o forte sotaque do inglês neozelandês. O "Guia visual Nova Zelândia" tem mapa detalhado sobre o centro da cidade e um guia de conversção voltado para situações típicas da viagem.
Em Auckland é quase uma obrigação conhecer um pouco mais da cultura maori , o povo nativo da Nova Zelândia e que habitava a região da cidade muito antes dos colonos ingleses. O turista mais desavisado pode nem saber que o que está escrito em todo lugar ao lado dos letreiros em inglês é o maori, língua oficial do país ao lado do inglês. Aotearoa, por exemplo, é o nome maori para a Nova Zelândia e significa "terra das longas nuvens brancas".
Marcio Strumiello/Divulgação | ||
Albert Park, arte maori e Sky Tower; país tenta aliar modernidade com tradições culturais e qualidade de vida |
Lista do que fazer: