Livraria da Folha

 
29/05/2010 - 15h11

Conheça história da suíça que largou tudo para viver com guerreiro africano

da Livraria da Folha

Divulgação
A Massai Branca Meu Caso de Amor com um Guerreiro Africano 1a. edição, 2007 Corinne Hofmann Geração Editorial
Apaixonada,Corinne abandonou vida Europa para viver na savana

O que você faria por um grande amor? Corinne Hoffmann fez muito mais do que a maioria talvez nem sonhasse fazer. Durante um safári na África com o namorado, ela se viu perdidamente apaixonada por um guerreiro da tribo massai, do Quênia. A partir desse momento, sua vida mudou radicalmente.

Em "A Massai Branca", a autora conta como foi deixar a bem-sucedida vida de dona de butique na Europa para viver na savana africana em uma cabana feita de estrume e debaixo de um calor quase insuportável.

Mesmo com toda a paixão, começam a surgir dificuldades por conta das inúmeras diferenças culturais, sociais e até linguísticas que a separam de seu parceiro. Corinne se vê então diante de desafios que mesmo um amor tão forte pode não conseguir superar.

Leia trecho:

*

À noite há uma dança massai no hotel, seguida de venda de bijuterias, e estou cheia de esperanças de reencontrá-lo. Estamos sentados na primeira fileira quando os guerreiros entram. São cerca de vinte homens, baixos, altos, bonitos, horríveis, mas o meu massai não está entre eles. Estou decepcionada. Apesar disso, a apresentação deles me agrada e novamente sinto aquele odor de transpiração que tanto se diferencia do de outros africanos.

Fiquei sabendo que nas proximidades do hotel haveria uma danceteria ao ar livre, a Bush Baby Disco, aonde também os nativos podem ir.

-Marco, vamos procurar esse lugar para dançar.

Ele hesita, não está muito a fim de ir, já que a direção do hotel alertou para os perigos, mas consigo me impor. Depois de uma curta caminhada ao longo de uma rua escura, avistamos luz e escutamos os primeiros sons de rock. Entramos, e o local logo me agrada. Finalmente, não mais as discotecas estéreis e com ar-condicionado de hotel, mas sim uma área para dançar ao ar livre com alguns bares entre palmeiras.

Por todos os lugares há turistas sentados junto com nativos nos balcões. Marco pede uma cerveja, e eu uma Coca-Cola. Danço sozinha, pois Marco não é chegado à dança.
Por volta da meia- noite, alguns massais entram na discoteca, mas só reconheço alguns dos que se apresentaram no hotel. Dessa forma, vamos todas as noites, depois do jantar, para a Bush Baby Disco.

Depois da segunda noite, já no dia 21 de dezembro, meu namorado fica de saco cheio dessas saídas. Prometo que seria só mais aquela vez. Como sempre, estamos sentados na mesa debaixo da palmeira, que já se tornou nossa mesa cativa. Decido-me por uma dança-solo em meio aos negros e brancos que dançam. Ele tem de aparecer!

Pouco depois das onze, já estou banhada de suor, quando a porta se abre. O meu massai! Ele deixa seu cassetete com o segurança na entrada, caminha lentamente para uma mesa e senta-se de costas para mim. Meus joelhos tremem, mal consigo ficar em pé. Agora mesmo que o suor sai compulsivamente pelos meus poros. Tenho de me segurar em um pilar na beira da pista de dança para não cair.

Febrilmente, imagino o que poderia fazer. Esperei dias por este momento. Tão calma quanto possível, volto para nossa mesa e digo a Marco:
- Olhe, ali está o massai que nos ajudou. Por favor, chame-o para a nossa mesa e ofereça uma cerveja a ele em forma de agradecimento!
Marco vira-se, e, no mesmo instante, o massai nos vê.
-Hello, friends!
E, sorridente, já está estendendo a mão em nosso encontro. Sinto-a fresca e graciosa.
Ele senta-se ao lado de Marco, diretamente à minha frente. Desgraça! Por que não sei falar inglês?

*

"A Massai Branca"
Autor: Corinne Hofmann
Editora:Geração Editorial
Páginas: 368
Quanto: R$ 49,90
Onde comprar: 0800-140090 ou na Livraria da Folha

 
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