Livraria da Folha

 
30/05/2010 - 16h15

Casal faz pacto de suicídio; ela morre e ele conta tudo em livro

da Livraria da Folha

Divulgação
Paixão intensa e desesperou levou jovem a propor suicídio
Paixão intensa e desespero levou jovem a propor suicídio do casal

João Baptista Gelpi era filho de um milionário e tinha vida medíocre em São Paulo. Um dia decide roubar quadros da mansão do próprio pai e vai viver na Europa uma vida desregrada e cheia de excessos.

Lá, publica em um jornal londrino o seguinte anúncio: "Venha unir-se ao caos de minha vida louca".

Algumas respostas surgem, mas ele, aos 50 anos, se encanta por Lenka, jovem de apenas 17 anos com quem passa a viver uma relação intensa e doentia.

A jovem queria um filho, mas o parceiro não podia satisfazê-la: era estéril. Lenka fica muito deprimida com a situação e acaba fazendo uma proposta radical: um duplo suicídio. João Gelpi aceita, mas só Lenka morre.

Ele então é preso e condenado, mas seis meses depois sai da prisão em que estava na cidade de Praga por conta da saúde frágil e do bom comportamento.

A história acima parece ficção, mas foi vivida inteiramente por João Gelpi. Com ajuda da escritora paulista Jeanette Rozsas, sua história virou romance no livro "Morrer em Praga", escrito pelos dois.

Leia trecho:

*

"Depois de me acomodar em meus novos domínios, telefonei para Lenka, que em menos de meia hora batia na minha porta.

Como sempre, sem me olhar nos olhos, sem dizer uma única palavra, entrou e olhou em volta. Não fez nenhum comentário sobre o quarto. Apenas resvalou um beijo no meu rosto e entregou-me uma carta que tinha escrito e não postado. Sentei-me na cama, curioso com o que a carta poderia conter. Ela se acomodou na única poltrona que havia.

Comecei a ler uma tocante declaração de amor, de quanto ela aguardara que alguém como eu surgisse na sua vida, que ela queria estar comigo para sempre, ser minha mulher e... Não terminei. Deixei a carta ao lado, puxei-a pela mão e nos deitamos juntos, nossas bocas, nossos corpos colados um ao outro. Consegui me desvencilhar e fui o mais rápido possível trancar a porta. Depois disso, descobri o que era o paraíso.

Agarramo-nos, fizemos amor em todas as posições. Ensinei a Lenka os segredos e as delícias que agora faziam sentido, eram a razão de tantos anos de meu longo aprendizado. Transmitir tudo a Lenka e com ela viver em êxtase, era esse o escopo do quanto eu aprendera de bom na vida. Afinal, não tinha havido nenhum desperdício, nenhum tempo jogado fora. Tudo se encaixava; minha mente se aclarava a cada descoberta que ela aprendia com tanta volúpia.

Como num insight, finalmente uma explicação para o mistério da vida. Tiramos nossas roupas e sentei-a na poltroninha, colocando suas longas pernas uma em cada braço. Desta vez não se encolheu. Ao contrário, levantou um pouco o púbis, num convite para que eu a penetrasse. Foi o que fiz, sem tomar qualquer precaução, sem preservativo, para que pudesse sentir no meu membro o calor de sua carne.

Fui fundo e ela gemeu de dor. A virgindade perdida para mim havia menos de quinze dias ainda não facilitara o caminho, que se mantinha estreito. Cabia-me tornar tudo mais fácil, com repetições sem conta do ato do amor."

*

"Morrer em Praga"
Autor:Jeanette Rozsas, João Baptista Gelpi
Editora: Geração Editorial
Páginas: 214
Quanto: R$ 26,00
Onde comprar: 0800-140090 ou na Livraria da Folha

 
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