Livraria da Folha

 
10/06/2010 - 23h09

Lupicínio Rodrigues fez serenata para amigo morto, em cemitério; leia curiosidades

colaboração para a Livraria da Folha

Leia algumas curiosidades sobre Lupicínio Rodrigues

Divulgação
Com 60 páginas, livro em capa dura traz tudo sobre Lupicínio Rodrigues, além de CD
Com 60 páginas, livro em capa dura traz tudo sobre Lupicínio Rodrigues, além de CD

Retratos da realidade
Segundo Lupicínio Rodrigues, suas músicas nasciam da realidade. "Brasa" teria sido feita após Lupi ter presenciado uma briga do seu irmão Francisco com a esposa, que era muito ciumenta. "Esses Moços" surgiu depois que seu amigo Hamilton Chaves decidiu se casar, provocando uma discussão entre os dois. "Quem Há de Dizer" foi escrita com base na história de um pianista muito ciumento, seu conhecido, que tinha uma mulher linda e a levava para onde ia para não deixá-la sozinha em casa.

Boemia e farras
No Café Colombo, em Porto Alegre, Lupi seus amigos e Marino (saxofonista), Boquinha (violinista), Sadi Nolasco (cantor), Paulo Coelho e Alcides Gonçalves (pianistas), passavam altas noites fazendo serenatas. Contam os amigos que uma vez resolveram fazer uma serenata para um outro amigo morto no cemitério. Pularam o muro à meia-noite e, quando saíram, estavam sendo esperados pela Polícia.

Empreendedorismo
Em 1947, Lupicínio se aposentou da Faculdade de Direito de Porto Alegre por motivo de doença. Logo abriu sua primeira churrascaria, chamada Jardim da Saudade ou, como era mais conhecida, Galpão do Lupi. O mais famoso de seus estabelecimentos foi o "Batelão", que virou ponto turístico em Porto Alegre.

Polêmica nos direitos autorais
Uma polêmica envolvendo a canção "Cadeira Vazia", gravada por Francisco Alves em 1949, se deu com seu amigo e parceiro Alcides Gonçalves. O selo do disco de Alves teria saído apenas com o nome de Lupicínio, provocando o afastamento de Gonçalves, que não perdoou o erro, mesmo sob as alegações de Lupi de que não tinha culpa. Polêmicas à parte, foi militante na defesa dos direitos autorais, fundador a Sbacem (Socidade Brasileira de Autores, Compositores e Escritores de Música) do Rio Grande do Sul e exerceu o cargo de procurador do Serviço de Defesa dos Direitos Autorais (SDDA).

 
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