Livraria da Folha

 
21/06/2010 - 16h29

Produtora adia estreia do filme sobre ex-prostituta Bruna Surfistinha

da Livraria da Folha

Bruno Fernandes/Folha Imagem
Deborah Secco e Cassio Gabus Mendes e Raquel Pacheco em gravação do filme sobre Bruna Surfistinha
Deborah Secco, o diretor Marcus Baldini e Rachel Pacheco em filmagem de longa sobre Bruna Surfistinha

O filme sobre a ex-prostituta Bruna Surfistinha não terá estreia neste mês, como se noticiou no final do ano passado, quando o longa começou a ser rodado em São Paulo. A produção vai adaptar para o cinema o best-seller "O Doce Veneno do Escorpião", de Rachel Pacheco, nome de batismo da ex-garota de programa que ficou famoso devido aos relatos picantes de seus encontros pagos com homens em flats na região nobre de São Paulo.

Segundo a Livraria da Folha apurou, o filme só deve chegar à telona depois das eleições, no último trimestre do ano para aproveitar o clima de verão. Um dos motivos do adiamento em relação à previsão inicial é o calendário da Copa do Mundo, que tende a afetar o movimento nas salas de exibição, ofuscando a estreia.

Veja fotos das filmagens

No cinema, Surfistinha será interpretada pela atriz Deborah Secco. Já, Cassio Gabus Mendes faz o papel de cliente que se torna marido da prostituta. No ano passado, a produtora do filme, a TVZero, informou que o filme iria consumir orçamento de R$ 5,5 milhões.

A história começou em 2005. Uma garota de programa, menina da classe média, criou um blog com relatos picantes sobre suas experiências e clientes, virando febre na internet brasileira.

Divulgação
Prostituição com homens, mulheres e grupos narrada sem pudores
Prostituição com homens, mulheres e grupos narrada sem pudores

"O Doce Veneno do Escorpião", lançado pela Panda Books, descreve os programas de Bruna Surfistinha com homens, mulheres e casais em seu flat. Ela diz que começou a se prostituir aos 17 anos, fez filme pornô e largou a prostituição após a fama. O nome do livro é uma referência à sua tatuagem (escorpião) nas costas e a seu signo.

Com 172 páginas, o livro traz 36 páginas negras, lacradas, com relatos bem mais explícitos abordando tabus sexuais. Bruna também dá pequenas lições para uma mulher de como conquistar o homem --e jamais perdê-lo para uma garota de programa. Bruna conta também em detalhes as festas de que participou em clubes de swing. Por dia, ela chegou a fazer seis programas. Sem medo de mostrar a cara, Bruna virou atração da TV com participação em programas como "Superpop" (Luciana Gimenez).

Ela diz ter estudado nos colégios Bandeirantes e São Luís, escolas tradicionais e caras de São Paulo. Em um trecho do livro, ela conta o seguinte: "Transas enlouquecidas, surubas, muitos homens (e mulheres) diferentes por dia, noites quase sem fim. O que pode ser excitante para muitas garotas como eu, na efervescência dos vinte anos, para mim é rotina. É meu dia-a-dia de labuta já faz três anos. Por mais que eu chegue a curtir, a gozar de verdade, ainda assim é trabalho."

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A redação do livro também contou com o trabalho do jornalista Jorge Tarquini, que tomou depoimentos de Bruna. Leia trechos do livro.

"Em quase três anos fazendo programa, pelas minhas contas, acho que já fiz mais de mil programas. Na teoria pode parecer pouco. Mas na prática..."

"Hoje posso dizer que nenhuma fantasia me assusta mais, pois já fiz e vi de tudo. Algumas foram um tanto estranhas, confesso. Porém, acho que o mais importante é as pessoas não terem vergonha nem medo de realizar suas fantasias"

"A fantasia mais comum dos homens que me procuram, e que eu já realizei diversas vezes, é a de eu ter de fazer a parte ativa, com a troca de papéis durante o sexo: eu faço a parte do homem durante a relação, penetrando nele um vibrador"

 
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