Livraria da Folha

 
21/06/2010 - 19h00

Conquista brasileira da Copa de 1970 completa 40 anos

da Livraria da Folha

AP
Carlos Alberto Torres, capitião da seleção brasileira na Copa de 1970, ergue a taça Jules Rimet no estádio Azteca
Carlos Alberto Torres, capitão da seleção brasileira na Copa de 1970, ergue a taça Jules Rimet no estádio Azteca

No dia 21 de junho de 1970, o estádio Azteca na capital mexicana assistia maravilhado à final que veio a se tornar um dos jogos mais marcantes do futebol mundial. Naquele dia, a seleção brasileira de futebol conquistava sua terceira Copa do Mundo, ao vencer por 4 a 1 a seleção da Itália em uma partida que é até hoje um dos maiores exemplos de "futebol arte".

A conquista deu ao Brasil a posse definitiva da taça Jules Rimet e colocou o país em um lugar isolado no mundo da bola. Na época, a seleção brasileira era a primeira a conquistar três Copas do Mundo e ninguém duvidava que o futebol canarinho fosse o melhor do mundo.

A Copa de 1970 foi a última de Pelé, único jogador a vencer três vezes o torneio. Mas o Rei do Futebol não estava sozinho. A seleção brasileira contava com muitos craques e o time que conquistou o tricampeonato é até hoje considerado praticamente imbatível.

Ao lado de Pelé estavam Rivelino, Carlos Alberto Torres, Clodoaldo, Tostão, Gerson, Jairzinho (apelidado "furacão da Copa") e outros jogadores que se tornaram lendas do futebol após atuações memoráveis nos campos mexicanos.

O Brasil e o mundo mudaram profundamente nesses 40 anos que separam o tri do sonho do hexa. A Copa do Mundo, que na época já mobilizava multidões, se tornou um negócio bilionário de proporções planetárias. O Brasil que vivia o auge de uma ditadura hoje se prepara para mais uma eleição democrática. O mundo, que em 1970 estava polarizado pela disputa ideológica da Guerra Fria, hoje está diante dos desafios como o terrorismo e proliferação nuclear.

O que talvez tenha mudado menos nesse tempo é a incrível capacidade do futebol brasileiro de gerar craques e encantar o mundo. É verdade que a seleção de Dunga não lembra muito a que Zagallo tinha nas mãos em 1970, mas o Brasil que joga nos gramados da África do Sul tem chances de brigar pelo título, e, com sorte, encantar e fazer história como em 1970.

 
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