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"Na Trilha do Arco-Íris" resgata a história do orgulho gay |
Premiado pela Associação da Parada do Orgulho LGBT --entidade responsável pela Parada Gay da cidade de São Paulo--, o livro "Na Trilha do Arco-Íris", dos antropólogos Júlio Assis Simões e Regina Facchini, é um resgate da história do movimento homossexual brasileiro.
Bastante completa, a obra é referência principalmente para acadêmicos que se interessam pelos estudos da teoria queer - que discute principalmente gênero e sexualidade nas várias esferas do saber e é também um movimento de contestação com inspiração no punk.
Com linguagem objetiva e direta e sem cair em jargões, a obra relembra os primeiros estudos europeus sobre a sexualidade que datam do começo do século 20 e narra sua interrupção com o advento do nazismo até chegar no levante de Stonewall - um dos momentos que mais influenciou o que hoje é conhecido como cultura gay.
O evento foi uma rebelião que aconteceu na madrugada em 28 de junho em Nova York no bar Stonewall Inn. Insatisfeitos com a constante repressão policial que sofriam, os frequentadores do local revoltaram-se e enfrentaram as autoridades. A briga durou mais três noites. Um ano depois uma marcha na mesma data comemorava a vitória dos homossexuais. Nascia aí a Parada Gay
"Na Trilha do Arco-Íris" passa pelo evento, mas concentra-se principalmente na trajetória do movimento gay no brasileiro, com destaque para a criação do grupo Somos, o primeiro grupo de ativistas homossexuais do país.
Regina Facchini é doutora em antropologia pela Unicamp e já foi vice-presidente da parada do orgulho gay. É autora também de "Sopa de Letrinhas", lançado pela Garamond. Julio Assis Simões é autor "Dilema da Participação Popular".
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