Livraria da Folha

 
02/07/2010 - 11h45

Em diário, garoto virgem zoa pênis torto do amigo e rasga o verbo; leia trecho

da Livraria da Folha

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O adolescente Nick Twisp cria um alter ego "macho" para conquistar a garota que ama
Nick Twisp cria um alter ego "macho" para conquistar a amada

Nick Twisp tem 14 anos, vive cercado de livros e passa horas em frente ao computador, em sua cidade, na Califórnia, onde escreve um diário sobre suas desventuras juvenis com muita ironia e sarcasmo. Com linguagem ácida e desbocada, o jovem usa palavrões em seus relatos sobre as garotas e o sexo, que, diga-se, ainda não fez.

A história deste rapaz que parece durão, mas está longe de ser um ogro, é o mote do romance "Os Diários de Nick Twisp", escrito pelo norte-americano C.D. Payne.

Como qualquer jovem da sua idade, o garoto não pensa duas vezes antes de responder mal à mãe e ameaçar espalhar um segredo genético (pênis torto) do seu amigo. A trama se desenrola com a paixão de Nick pela bela Sheeni, uma garota bonita, inteligente e irônica que conhece durante as férias com sua mãe. Para conquistar a garota, o rapaz cria um alter ego, com suas feições, mas que tem olhos azuis, bigode, uma voz mais profunda e atitude de bad boy.

"Algum dia, se eu me tornar um gângster, quem sabe eu fique conhecido como Nickalho, o Caralho. Talvez isso cause certo constrangimento à minha família, mas, quando o chefão lhe dá sua alcunha mafiosa, é melhor não perguntar nada", apresenta-se.

A obra já foi adaptada para as telonas e esteve em circuito em diversas partes do mundo, apesar de ainda não ter previsão de estreia no Brasil. O protagonista do filme é o ator Michael Cera, de "Juno" e "Nick & Norah - Uma Noite de Amor e Musica". Cera é o astro também de "Scott Pilgrim Contra o Mundo", longa baseado na série de tirinhas de Bryan Lee O'Malley lançada recentemente pelo selo Quadrinho na Cia., da Companhia das Letras. O longa tem data de estreia prevista para 13 de agosto, nos EUA e 15 de outubro no país.

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Michael Cera e Portia Doubleday em cena do filme "Youth in Revolts", inspirado no livro "Os Diários de Nick Twisp"
Michael Cera e Portia Doubleday em cena do filme "Youth in Revolts", inspirado no livro "Os Diários de Nick Twisp"

Leia trechos de "Os Diários de Nick Twisp".

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JULHO

QUARTA-FEIRA, 18 de julho - Meu nome é Nick. Algum dia, se eu me tornar um gângster, quem sabe eu fique conhecido como Nickalho, o Caralho. Talvez isso cause certo constrangimento à minha família, mas, quando o chefão lhe dá sua alcunha mafiosa, é melhor não perguntar nada.

Tenho 14 anos (praticamente) e moro em Oakland, uma cidade grande e apática que fica em frente a São Francisco, do outro lado da baía. Escrevo estas palavras na tênue privacidade de meu quarto, em meu irritante e obsoleto computador AT genérico. Meu amigo Lefty me deu uma cópia pirata do WordPerfect, então estou escrevendo um pouco pra tentar aprender os códigos de comando. Minha ambição é conseguir um dia mover parágrafos inteiros de uma vez só.

Meu sobrenome, que eu odeio, é Twisp. Até John Wayne em cima de um cavalo pareceria afeminado pronunciando esse nome. Assim que fizer 21 anos, vou trocar por algo mais macho. Por ora, estou pendendo para Dillinger: "Nick Dillinger." Acho que tem o tom certo de virilidade peluda.

Sou filho único, sem contar minha irmã mais velha, Joanie, que deixou o seio da família pra viver em Los Angeles e trabalhar duro servindo gororobas a 10 mil metros de altitude.

Outra coisa que você precisa saber a meu respeito é que sou obcecado por sexo. Quando fecho os olhos, fileiras de coxas branquinhas lentamente se abrem como uma sofisticada obra pornográfica dirigida por Busby Berkeley. Nos últimos tempos, eu me tornei morbidamente consciente de meu pênis. Antes, apenas uma região remota, acessada com indiferença somente para uma micção eficiente, agora ela amadureceu (aparentemente de um dia para o outro) e se transformou em uma vistosa Las Vegas corporal, com tudo a que tem direito: luzes pulsantes, espetáculos de cabaré cheios de estrelas, apresentações de animais exóticos e multidões de bêbados participantes de convenções atrás de emoções baratas. Ando por aí em um estado de expectativa obcecada, sempre consciente de qualquer chamado imediato que venha dessa carne protuberante. Qualquer estímulo é capaz de desencadear o espetáculo: o ronco rítmico do radiador, a palavra "titular" em um editorial de jornal... ou até mesmo o cheiro de vinil velho no Toyota do Sr. Ferguson.

Por mais que eu pense tanto em sexo, só com muita dificuldade consigo me imaginar realmente executando o ato em si. E isso é outra coisa em que fico pensando: como é que você consegue olhar nos olhos de uma garota depois de colocar seu bilau na periquita dela? Quero dizer, isso não torna uma conversa normal impossível? Pelo jeito, não.

QUINTA-FEIRA, 19 de julho - Minha mãe acabou de sair pro trabalho. Ela aplica os testes de direção no Departamento de Trânsito. Como seria de se esperar, ela é extremamente bem informada sobre todas as misteriosas regras das estradas (como, por exemplo, quem deve dar a ré quando dois carros se encontram em uma ladeira de mão única). Ela costumava manter meu pai atualizado enquanto ele dirigia, violando todos os códigos de trânsito. Este é um dos motivos pelos quais os dois se divorciaram.

Não estou falando com ela nos últimos tempos. Na última segunda-feira, quando voltei pra casa depois de dois dias horríveis sob a custódia de meu pai, descobri que ela havia pintado meu quarto de um cor-de-rosa horripilante. Ela disse que leu que essa cor é bastante usada nos hospitais pra acalmar pacientes mentais. Expliquei que eu não era doente mental, só estava na adolescência. Por enquanto, estou com vergonha de convidar meus amigos pra vir em casa. Quando você é um jovem franzino e nada atlético, que lê bastante e gosta de Frank Sinatra, definitivamente não quer que espalhem boatos que você bate punheta em um quarto que parece o boudoir da Dolly Parton.

SEXTA-FEIRA, 20 de julho - Fiquei com dor de cabeça de tanto ler, então pensei em digitar por um tempo. Ainda estou usando bastante a tecla F3 ("ajuda"). Que pena que a vida não tem uma tecla F3. Eu apertaria e mandaria trazer duas garotas - de 16 anos e mais tesudas do que o normal.

Este verão estou lendo Charles Dickens. Já li David Coppertone, _Grandes
Esfreganças,_ A pequena Dorito e agora mergulhei em Um conto de duas maldades. Sydney Carton é bem legal. Se ele estivesse vivo hoje, acho que estaria anunciando uísques bacanas na quarta capa das revistas. Eu gosto bastante de Chuck, mas vamos falar sério: dava pra ler coisas dele por anos e nunca chegar a uma parte mais apimentada.

Estou mandando ver (desculpe a expressão) em Dickens, na esperança de ter aulas de literatura inglesa com a Srta. Satron no próximo semestre. Estarei na nona série da St. Vitus Academy. É a escola preparatória mais rigorosa e de elite da região (pelo menos é o que dizem aos pais). Só quarenta babacas estudiosos são aceitos por ano entre, literalmente, dúzias de candidatos.

A encantadora srta. Satron tem uma estrutura óssea maravilhosa e usa suéteres apertados. Também dizem que é bastante letrada. Não preciso nem dizer que ela assoma minhas fantasias masturbatórias como um titã.

Voltei a falar com minha mãe (meu aniversário está chegando). Ela disse que vai comprar outra tinta para o meu quarto, mas que vou ter de pintar sozinho. (Pessoalmente, eu preferiria uma decupagem de bom gosto com as fotos excluídas da Hustler.) Ela sugeriu branco desta vez, mas estou insistindo em um másculo cáqui.

DOMINGO, 22 de julho - Meu pai devia ter passado pra me pegar às 10h para termos alguns momentos a sós, pai e filho. Às 11h15, minha mãe ligou pro seu bangalô alugado de solteiro e ele ainda estava na cama. (Sem dúvida alguma, com sua piriguete mais recente.) Minha mãe lhe passou um daqueles sermões ensaiados em voz alta. Às 12h10, o carro dele freou com tudo na frente da garagem, buzinando.

A viagem de carro até Marin foi bem do jeito que imaginei. Primeiro, você deveria saber que meu pai dirige uma BMW 318i (a mais barata) financiada. Ele adoraria ter um modelo de mais valor, mas, como sempre me lembra, é obrigado a pagar uma pensão alimentícia exorbitante. No trajeto de 25km, ele mudou de pista 82 vezes, buzinou sete e mostrou o dedo médio pra quatro motoristas (a maioria, velhinhas confusas). Hoje em dia, meu pai é mais cauteloso com os homens, depois de ter sido perseguido por 24km na rodovia de Nimitz por um carro cheio de iranianos balançando canos de chumbo pra fora das janelas.

Entre um momento assustador e outro, tentei conversar com Lacey, a atual piriguete do meu pai. Ela tem 19 anos, é recém-formada no Instituto de Cosmetologia de Stanfort (com "t") e voluptuosa ao extremo. Já que sou assustadoramente inarticulado perto de garotas, eu me forço a praticar com as namoradas de meu pai. Lacey, no entanto, parecia mais interessada em rir como uma maluca e encorajar meu pai: "Pise fundo, querido! Faça esse turbo gritar!"

Ao chegarmos a Kentfiel, descobri que meu pai não só não tinha qualquer programa planejado pra nós, como também queria que eu cortasse a grama. De graça!

- Por quê? Porque, meu chapa, gostaria de receber algo mais do que um cheque devolvido pelos 583 dólares que pagos por mês de pensão alimentícia - explicou ele.

Que tal um relacionamento carinhoso com seu único filho, seu babaca?

Finalmente, concordei em fazer o serviço por 5 dólares, observando que um jardineiro não teria cobrado menos do que 50.

- É - disse meu pai - mas você não é japonês.

Quando eu estava ligando o cortador, Lacey veio até o pátio em um biquíni minúsculo pra se bronzear al fresco. Não precisa ser geólogo pra ver que o corpo dela tinha afloramentos mais dramáticos que o litoral da Albânia. Mais tarde, meu pai veio convidar Lacey pra um "cochilo". Como todas as piriguetes do meu pai, ela não precisou ser chamada duas vezes. Ao entrar na casa com ela, de braços dados, detectei o que parecia ser um olhar satisfeito do meu pai em minha direção. Que idiota competitivo! Talvez seja por isso que eu seja o contrário - contive minha agressividade em resposta à dele, que é tão impiedosa. Ainda bem que estou escrevendo todas essas revelações em um caderno que será útil um dia, quando eu fizer análise. Provavelmente esses cadernos ajudarão a economizar um tempão.

Acabei de me lembrar. Ele não me pagou meus 5 contos!

SEGUNDA-FEIRA, 23 de julho - Hoje terminei de ler Um conto de duas. Que sacrifício nobre e comovente! Será que eu conseguiria praticar um ato assim pela mulher que eu amo? Provavelmente não.

Já que minha pilha de material de leitura diminui perigosamente, fui até a biblioteca. Quando cheguei, encontrei o prédio cheio de gente suja falando sozinha. Por que os sem-teto têm um interesse tão ávido por literatura? Será que esse será meu destino algum dia? Ler Turgeniev morando no banco de trás de um Dodge Polara 1972?

Um camarada particularmente repugnante me pediu um trocado. Dei minha resposta padrão:

- Ouvi dizer que o McDanou'se abriu vagas.

Não foi um comentário muito piedoso, mas o que você espera da cria mimada de dois aspirantes a yuppies?

A atmosfera estava tão abominável que voltei pra casa sem livro algum. Eu iria até uma das livrarias em Berkeley, mas meu pai atrasou (como sempre) o pagamento da minha mesada - que já é mísera. Só tenho 63 centavos.

TERÇA-FEIRA, 24 de julho - Não tem nada em casa para ler, a não ser uma cópia da revista Fazendeiro Californiano. Recebemos essa porque meu pai é redator de uma obscura agência de publicidade em Martin que lida com clientes do ramo de suplementos agrícolas. Se ele não tivesse obrigações familiares, estaria em Paris, escrevendo uma Duradoura Obra de Ficção Importante. Em vez disso, ele incita fazendeiros com medo de pragas a envenenar a terra (e seus empregados mexicanos) com herbicidas ultramortais. Eu estava dando um tempo no escritório do meu pai um dia e descobri que seu dicionário de sinônimos abre naturalmente no verbete 360: "Morte - substantivo."

Escrevi este poema sobre seu problema:

Chamado pai, é um escritor de promissão
Tem um filho tão esganado
Que fez dele um fracassado.
Agora o mentecapto encontra inspiração
Nos anúncios de enlatado.

Ao perceber que eu estava entediado, minha mãe sugeriu que eu fosse até o parque e procurasse alguém pra jogar basquete. Ela, com certeza, está completamente maluca. Adolescentes branquelos e baixinhos não jogam basquete nas quadras públicas de Oakland.

QUARTA-FEIRA, 25 de julho - Falta uma semana pro meu aniversário. Até que enfim, minha mãe veio me perguntar o que eu queria ganhar.

- Uma placa-mãe 386 - respondi, com firmeza e decisão.

A maioria dos membros do Byte Backers (o clube de computação da St. V) já se atualizou. Alguns já têm até a 586!

Ela pareceu na dúvida.

- Isso pra mim é outra coisa pro seu computador. Você fica tempo demais na frente dessa máquina. Devia ir lá fora e tomar ar fresco. Se divertir.

- Fazendo o quê? - perguntei. - Roubando os rebotes dos futuros jogadores da NBA?

Ela disse pra eu tomar cuidado com essa minha língua. Já escutei isso antes.

SEXTA-FEIRA, 27 de julho - Meu amigo Lefty ligou pra dizer que tinha voltado das férias em Nice. (Se a gente for para Modesto nas nossas, será uma sorte.) Convidei-o pra vir até em casa, mas avisei que, se alguém ficasse sabendo do meu quarto cor-de-rosa, eu seria obrigado a contar pra Millie Filbert (a garota de quem ele tá a fim há anos) por que ele se chama Lefty, embora seja um cara destro.

Caso você não saiba, Lefty quer dizer "esquerdinho" em inglês. O membro ereto de Lefty faz uma curva repentina e dramática para a esquerda na metade do caminho. Embora isso o preocupe muito, ele nunca teve coragem de introduzir (por assim dizer) o assunto com seus pais.

- Eles morreriam só de saber que o meu negócio sobe - disse.

Lefty tem medo de que sua anormalidade gere erros de pontaria quando ficar mais velho.

- E se eu colocar no buraco errado?

O entendimento de Lefty sobre a anatomia feminina é um pouco precário; ele imagina que existam orifícios abundantes lá embaixo.

Enquanto isso, segue um tratamento que ele mesmo desenvolveu. Toda noite, antes de dormir, ele amarra o pau com fita adesiva na perna direita. Então, deitado na cama, ele mentalmente tira a roupa de Millie, criando, dessa forma, uma tensão contrarrotacional no membro. Até agora, isso não endireitou o arco.

Depois de me contar sobre sua viagem (comida estranha, nativos incompreensíveis, garotas bonitas sem a parte de cima do biquíni enfileiradas que nem lenha em praias ensolaradas), ele chegou à verdadeira novidade: achou o diário da irmã mais velha, Martha. Um daqueles que não dá pra parar de ler. Ela escreveu que "foi até o fim" com Carlo, um garçom italiano do hotel em que ficaram na França. E fez outras coisas semitaradas com ele também. Agora ela só consegue "pensar em um belo pau grosso". Logo abaixo dessa confissão quentíssima, Lefty escreveu: "Para uma noite divertida, ligue para Nick Twisp", seguido do meu número de telefone.

Estou pronto se ela ligar. Meu Duto do Conhecimento Carnal pode não ser particularmente "grosso", mas provavelmente se encaixa na mais ampla definição de "belo". E tenho certeza de que sou mais culto que esse tal de Carlo.

QUINTA-FEIRA, 31 de julho - Amanhã faço 14 anos, um marco na vida de qualquer homem. Hora de fazer uma séria avaliação. A questão não pode mais ser ignorada: ainda sou virgem. Pra ser sincero, nunca beijei uma mulher a quem não fosse ligado por sangue ou casamento. Aliás, nunca nem sequer segurei a mão de uma garota. Nem tenho previsão de quando terei a possibilidade de me unir com uma - manual, labial ou genitalmente.

Desde meu último aniversário, cresci um total de 8,5cm - 6,5 em altura e 2cm em comprimento de pênis ereto. Se meu DNA não se importasse, eu preferiria que estes números fossem invertidos. Ainda estou batalhando pra alcançar os 15cm, enquanto Lefty já ultrapassa os 17cm. Sem dúvida, uma parte menor de seu desenvolvimento vem sendo dedicada ao crescimento mental. Mesmo assim, se eu não estou destinado a ser alto ou bonito, é justo que me seja concedido um prolongamento fálico compensatório. No mínimo, eu deveria ser poupado das desgraças da acne adolescente. (Meu rosto tá começando a parecer uma pizza de pepperoni com ovos.) Acho que deveriam reservar um pouco dos bilhões que se jogam fora pesquisando a cura para a caspa e o câncer, e aplicar no que é realmente importante - tipo exterminar a praga da acne.

AGOSTO

QUARTA-FEIRA, 1º de agosto - Feliz aniversário pra mim. Treze foi uma idade patética; vamos torcer para que 14 seja melhor. Por ora, tem sido um verdadeiro pé no saco.

Minha mãe me deu 20 dólares hoje de manhã para eu ir cortar o cabelo. Ela gosta que eu corte em um salão profissional em que tocam rock bem alto, para eu sair de lá parecendo um corretor de imóveis bem-sucedido - do departamento júnior. Só que, em vez disso, eu vou àqueles que cobram 9 mangos e embolso o troco. (Sinto que ainda sou muito novo para dar gorjeta.) Então lá estou eu, sentado, pensando na vida, quando o barbeiro diz:

- A propósito, alguém já lhe disse que você vai ficar careca antes dos 30?

O quê? Sim, parece que todos os sinais apontam para um diagnóstico claro de calvície iniciante de padrão masculino. Mas, protesto, meu pai ainda tem muito cabelo (bem, a maioria).

- Não importa - responde o sábio barbeiro. - A calvície é herdada pelo lado da mãe.

O terror me paralisa quando me lembro dos hectares de couro cabeludo bem definido do tio Al. Ao que tudo indica, quando eu crescer, vou ser um cara baixo, com o rosto esburacado e careca. Minha única chance de desfrutar qualquer tipo de companhia feminina é conseguindo uma grande fortuna - e o mais rápido possível. Chega de literatura. A partir de hoje, vou ler apenas livros que ensinem como ficar rico rápido.

*

"Os Diários de Nick Twisp"
Autor: C. D. Payne
Editora: Galera Record
Páginas: 602
Quanto: R$ 57,90 (veja preço especial)
Onde comprar: 0800-140090 ou na "Livraria da Folha"

 
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