da Livraria da Folha
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Nicholson Baker contesta as verdades e os mitos do nazismo |
O ensaísta Nicholson Baker faz o papel de advogado do diabo em "Fumaça Humana" (Companhia das Letras, 2010). Sem amenizar as dimensões do genocídio contra os judeus, ele usa documentos para desconstruir o que ele chama de "ideologia dos vencedores".
Entre outras denúncias, o escritor acusa a França e a Inglaterra de não terem feito frente à Alemanha desde cedo porque apostaram que ela seria uma oposição natural à crescente União Soviética.
Para ele, esta posição culminou no Tratado de Munique que concedeu os Sudetos aos nazistas, o que teria alimentado os anseios conquistadores de Hitler.
Baker também aponta a presença e a disseminação do antisemitismo em toda a Europa e nos Estados Unidos no período entre a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais e não apenas na Alemanha.
O ensaísta tenta decifrar a adesão em massa do povo alemão ao 3º Reich e desenvolve a tese de que muitas pessoas, entre eles judeus de destaque como Albert Einstein, não esperavam por um endurecimento do sistema. Polêmico, ele acredita que o apoio ao nazismo é mais uma espécie de embotamento do que uma aproximação por identidade de opinião ou uma submissão forçada.
Com um estilo de texto original, Baker encadeia pequenos blocos narrativos para resgatar o que considera verdades dolorosas.
O escritor tem dois romances publicados no Brasil. "Vox" e "Fermata", ambos da Cia das Letras, estão fora de catálogo. "Fumaça Humana" será lançado no dia 26 de julho.
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"Fumaça Humana"
Autor: Nicholson Baker
Editora: Cia das Letras
Páginas: 432
Quanto: R$ 58,00
Onde comprar: 0800-140090 ou na Livraria da Folha