da Livraria da Folha
Bel Pedrosa/Companhia das Letras | ||
Intelectual Marlyse Meyer foi vencedora do prêmio Jabuti 1997 de melhor ensaio com o livro "Folhetim" |
Morreu nesta segunda-feira (19), aos 86 anos, a professora, crítica e ensaísta literária Marlyse Meyer, de parada cardíaca, informa o Memorial da América Latina, onde dirigiu o Centro Brasileiro de Estudos da América Latina.
Divulgação |
Livro investiga o folhetim, romance barato do séc.19, avô da telenovela |
Meyer se destacou no cenário cultural com suas críticas literárias e como historiadora da cultura popular. O trabalho de Meyer foi muito premiado, recebendo em 1996 o prêmio Mário de Andrade da Fundação Biblioteca Nacional pelo seu trabalho como crítica literária e, em 1997, o Jabuti pelo livro "Folhetim" na categoria ensaios.
A autora também foi a responsável por traduzir o clássico "Raízes do Brasil", de Sérgio Buarque de Holanda, para o francês.
Marlyse Meyer também organizou "Do Almanak aos Almanaques" (Fundação Memorial da América Latina e Ateliê Editorial, São Paulo, 2001), obra referência do estudo desta popular publicação de generidades - o almanaque - tão velha quanto à invenção da tipografia.
"Folhetim", sua obra mais famosa, é um ensaio que trata do romance de folhetim, um gênero que sempre dividiu opiniões positivas e negativas. O texto aborda os sentimentos controversos, paixão, vingança e desprezo, temas tão abordados pelas novelas, o que provoca a autora a realizar um estudo paralelo entre as duas formas de expressão.
O corpo da crítica literária, que deixa três filhos e netos, será velado a partir das 11h desta terça-feira (20), no Cemitério Israelita do Butantã (Rodovia Raposo Tavares, km 15). O enterro está marcado para 14h.