Italiana narra tentativa de golpe militar fascista em romance composto por cartas

da Livraria da Folha

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Romance espitolar registra panorama de Roma nos anos 1970

Apesar de ser o protagonista, o jovem Michele quase não aparece na história de "Caro Michele" (Cosac Naify), romance da escritora italiana Natalia Ginzburg (1916-1991).

O leitor conhece a vida do personagem quase toda por meio de cartas que o rapaz recebe, embora a obra também tenha alguns poucos diálogos e trechos narrativos. Os principais remetentes são sua mãe, a irmã e seus amigos.

O romance se ambienta em Roma, na Itália, entre os anos 1970 e 1971 e é formado por histórias e personagens que se entrecruzam no enredo. Os fatos são contados sob diferentes focos e pontos de vista, dependendo do remetente da carta. Entre os acontecimentos, está um levante fascista em uma tentativa de golpe militar.

Natalia Ginzburg tem uma escrita caracterizada pela inovação narrativa e descritiva e também é autora de "Família" (José Olympio) e "Foi Assim" (Berlendis & Vertecchia). Pertenceu à geração de escritores italianos da qual também fazem parte Cesare Pavese (1908-1950), de "A Lua e as Fogueiras" (Berlendis & Vertecchia), Italo Calvino (1923-1985), de "As Cidades Invisíveis" (Companhia das Letras) e Eugenio Montale (1896-1981), prêmio Nobel de Literatura de 1975 e autor de "Ossos de Sépia" (Companhia das Letras).

"Caro Michele"
Autor: Natalia Ginzburg
Editora: Cosac Naify
Páginas: 192
Quanto: R$ 39,90 (preço especial, por tempo limitado)
Onde comprar: 0800-140090 ou na Livraria da Folha

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