Livraria da Folha

 
07/08/2010 - 13h34

Conheça intelectuais que estudaram a identidade brasileira, como Gilberto Freyre

PAULA DUME
colaboração para a Livraria da Folha

Reprodução
Em "Casa-Grande & Senzala", Gilberto Freyre utilizou métodos de pesquisa pouco ortodoxos
Em "Casa-Grande & Senzala", Gilberto Freyre utilizou métodos de pesquisa pouco ortodoxos

Das leituras na infância sobre as viagens de Gulliver, Gilberto Freyre (1900-1987) preservou o gosto pelos pequenos descobrimentos em solo brasileiro. O sociólogo explorou cada metro quadrado da história do país não somente em "Casa-Grande & Senzala", publicado em 1933, mas nos volumes que o sucederam.

"Sobrados e Mucambos" é uma continuação da série. Publicado em 1936, o livro retrata a decadência do patriarcado rural entre os séculos 18 e 19, pressionado pelas forças do exterior.

Florestan Fernandes (1920-1985), Octavio Ianni (1926-2004), Darcy Ribeiro (1922-1997) e Roberto DaMatta também contribuíram com estudos sobre a história e identidade brasileiras. Florestan se empenhou no desenvolvimento metodológico e científico da sociologia.

Como observador da globalização, Ianni analisou a crise da esquerda na contemporaneidade. Um dos mais importantes trabalhos do sociólogo é "Estado e Planejamento Econômico no Brasil", no qual examina o papel do Estado na formação do chamado "Brasil moderno" e no desenvolvimento capitalista da nação.

Em abril de 1964, quando chegou ao exílio no Uruguai, o cientista social Darcy Ribeiro queria saber por que o Brasil não tinha dado certo. Por meio de "O Povo Brasileiro", analisou a formação da população ao longo dos séculos.

Já o antropólogo Roberto DaMatta declara-se ainda hoje mais um observador do que um estrangeiro, quando está em outro território que não o brasileiro. Em "A Casa & a Rua" , explica os espaços geográficos como entidades morais e esferas de ação social.

 
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