MARCELO JUCÁ
colaboração para a Livraria da Folha
Como é bom ser criança. Pelo menos é essa a impressão que se tem na 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo.
Crianças. Centenas delas. Correndo, pulando e gritando. E quando cansam (em questões de minutos recuperam o fôlego), o que lhes chamam a atenção são os livros, claro.
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Editora Brinque Book tem muitas visitas do público infantil |
Rodeados por eles, muitas editoras promovem em seus estandes promoções durante o evento, e não raro a molecada se empolga e pega dois, três e até quatro livros de uma vez. A falta de independência financeira atrapalha o desejo de consumo, mas mesmo assim, boa parte do público infantil consegue voltar para casa com um livro na sacola.
Durante a semana, é mais comum vê-las com turmas de colégio, zanzando de um lado para outro e com paradas estratégicas em editoras como Girassol, Melhoramentos, Madras, Brinque Book, Callis e Ática, além das exposições físicas da Bienal, como a de "Monteiro Lobato", "Fábulas com a Turma da Mônica", "O Livro é uma Viagem" e "Exploração Discovery Kids".
A variedade de títulos oferecidos pelas editoras não é um problema para o público final. Afinal, há gosto para tudo.
O jovem Wesley Pereira, 10, passou com a turma da escola na Brinque Book, e aproveitou para comprar o livro "Wilson e o Passagarto", uma história real adaptada para o mundo fantasioso infantil sobre os desafios de um náufrago.
Acompanha da mãe, Amanda Castro Ferreira, 8, se mostrou muito simpática à Bienal. Suas impressões da primeira visita são das melhores. "Eu gostei de tudo, principalmente dos livros", conta. A mãe havia lhe presenteado, até o momento, com as obras "O Diário da Julieta" e "Fala Sério, Professor!".
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Histórias de mitos heróicos fazem sucesso entre os meninos |
Na fila do caixa, Arthur Rozan, 10, havia acabado de comprar para ele "O Gênio de Alexandre O Grande", pois como disse, gosta muito de história. Atencioso, o garoto também levava um presente para a irmã menor. "Eu não sei qual é esse livro, mas é de menina e é para colorir", explica meio sem jeito.
Gibis do Homem-Aranha, cadernos para colorir e livros pop-up, como "O Castelo", também faziam volume nas mãos da criançada.
Crianças. Centenas delas. Correndo, pulando e gritando. E comprando livros.
Monteiro Lobato, um dos homenageados desta edição, pai de Emília e outras crianças, ficaria feliz.
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