Livraria da Folha

 
02/10/2010 - 10h04

Claudia Matarazzo ensina regras valiosas de etiqueta em restaurantes

da Livraria da Folha

Divulgação
Claudia Matarazzo ensina regras básicas de etiqueta
Claudia Matarazzo ensina regras básicas de etiqueta

As regras de etiqueta são um ótimo recurso para abolirmos alguns deslizes em encontros formais. É imprescindível conhecermos o mínimo de formalidade, para evitarmos situações constrangedoras. Mas como aprender e se adequar a essas regras de sofisticação?

"Etiqueta sem Frescura" é um manual prático de consulta sobre comportamento à mesa em almoços de negócio, festas, coquetéis e jantares.

A jornalista e especialista em etiquetas e comportamento Claudia Matarazzo ensina regras para todas as ocasiões sociais ou profissionais que exigem desenvoltura e bom senso.

Segundo Matarazzo, espinafre, alface e outras verduras inteiras não devem ser cortadas. O correto é dobrá-las com a ajuda da faca e do garfo, a não ser que a salada já venha com as folhas rasgadas ou cortadas em tiras bem finas.

Leia trecho e não pague mico:

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Restaurantes

Fiquei conhecendo praticamente todos os restaurantes de São Paulo quando assinei, durante dois anos, uma coluna de gastronomia. Também sou uma tremenda gulosa, o que me torna habilitada para falar sobre esse assunto com o maior prazer. Se você acha que restaurante não se escolhe só pela comida, mas também pelo ambiente e pela freqüência, fatalmente vai acabar indo a algum restaurante da moda. Cuidado! Pode ser uma grande armadilha. Em geral, esses restaurantes significam filas, serviço lento e comida nem sempre tão boa. Pessoalmente, prefiro esperar uns três meses antes de ir a um restaurante recém-inaugurado. Se nesse prazo ele continuar bem falado, é porque realmente deve ser bom. Eu disse três meses? Talvez seis.

A escolha do melhor restaurante depende de sua expectativa. Grupos grandes se dão melhor em restaurantes mais descontraídos (existem cantinas de excelente qualidade aonde você pode ir tranqüilamente com a turma toda). Restaurantes mais elegantes pedem um pouco mais de discrição e são aconselháveis para grupos menores.

Mas, se você tiver espírito aventureiro, procure conhecer novos lugares em vez de ir sempre ao mesmo restaurante. Afinal, o mundo vai muito além do rodízio de carne ou pizza, e isso nem sempre sai tão caro quanto se pensa

Chegando ao restaurante
Pode reparar: a forma como uma pessoa entra num restaurante já diz tudo. Tem gente que já pára na porta, fazendo pose de Vitória de Samotrácia, esperando que os refletores se acendam e que todos aplaudam. Foram ali para serem vistas. Preciso dizer o quanto isso é ridículo? O homem deve entrar sempre na frente da mulher (como a etiqueta tradicional é machista, não?) para desbravar a fila e conversar com o maitre. Depois da espera (se houver), o casal se dirige calmamente para a mesa indicada, sem ficar olhando para os lados, como se estivesse procurando alguém.

Nos grupos maiores, a tendência é continuar a conversa que estavam tendo na rua. Na medida do possível, tentem formar um grupo discreto, evitando tumultuar o ambiente, para não atrapalhar quem já está comendo. Deixem para conversar quando todos já estiverem devidamente acomodados. Agora, se você nem liga para a comida e vai ao restaurante só para ser visto, faça sua melhor pose, porque, graças a Deus, peruagem ainda não é crime.

Quem é quem
Fazer pedidos para a pessoa errada no restaurante só causa confusão e atrasa o serviço. O restaurante tem alguns personagens básicos, que, em geral, são fáceis de reconhecer pela roupa que usam. Cada um desses personagens tem as suas funções específicas, e para não trocar um pelo outro basta prestar atenção a alguns detalhes.

Maitre d'hotel:é aquele que fica na entrada do restaurante, recebendo as pessoas. Ele as encaminha à mesa, sugere os pedidos, anota e depois passa para o garçom. Qualquer dúvida sobre os pratos e seus acompanhamentos deve ser tirada com ele. Em geral, omaitr e (como é mais conhecido) usasmoking.

Garçom: é o encarregado de servir os pratos, mas pode anotar pedidos mais simples, como água, sucos e a sobremesa. Usa, geralmente, um paletó diferente do trajado pelomaitre ou apenas um colete (e até mesmo camisa de mangas compridas, dependendo do grau de formalidade do restaurante). O garçom pode ser reconhecido pela gravata-borboleta, que em geral é preta.

Cumim: é o auxiliar do garçom. Em geral, o cliente não fala diretamente com ele (quem fala é o garçom). Ele se veste da mesma forma que o garçom, sendo diferenciado deste por usar uma gravata- borboleta branca. Eventualmente, podemos nos dirigir ao cumim para pedir cinzeiros, mais pão ou manteiga, um novo talher, se o nosso cair, esse tipo de detalhe.

Sommelier.figura cada vez mais rara, presente apenas nos restaurantes mais sofisticados. E para ele que nós pedimos o vinho. Aliás, se você encontrar um por aí, não se acanhe de pedir sua opinião. Ele é um especialista, e você só tem a aprender. Quando não há sommelier, o próprio maítre se encarrega de anotar o pedido de vinhos e, de vez em quando, até arriscar uma opinião

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"Etiqueta sem frescura"
Autora: Claudia Matarazzo
Editora: Melhoramentos
Páginas: 128
Quanto: R$ 24,80
Onde comprar: pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha

 
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