Livraria da Folha

 
16/10/2010 - 19h26

Livro traz técnicas da CIA para ajudar você a pegar seu namorado na mentira

colaboração para a Livraria da Folha

Divulgação
Aprenda a não ser traída e tenha um relacionamento verdadeiro
Aprenda a não ser traída e tenha um relacionamento verdadeiro

Namore, mas ao mesmo tempo, aprenda e use algumas estratégicas básicas da CIA para investigar possíveis enganações de seu parceiro romântico. Pois, por trás de um belo sorriso sedutor e frases gentis, pode haver um lobo na pele de cordeiro. O conselho é de um mestre em desmascarar enganadores, Dan Crum, o homem que passou anos interrogando e fazendo exames de polígrafos, os famosos detectores de mentira, em suspeitos de terrorismo para a Agência Central de Inteligência.

Em "Será que ele mente para você?" - um especialista em detectar mentiras revela o que os homens não querem que as mulheres saibam (Gente), o autor diz que se as técnicas da CIA são boas para interrogar e investigar indivíduos treinados para mentir, então elas são boas também para saber se seu namorado, noivo ou marido está dizendo a verdade. Conhecido nos Estados Unidos como o detetive dos relacionamentos, ele reuniu no livro o crème de la crème dos mecanismos que ele usou no trabalho e que fazem cair qualquer mentiroso.

Se você já foi enganada por um homem que parecia ser "incapaz de fazer uma coisa dessas", você vai dar razão a Dan Crum. Segundo ele, os mentirosos se apresentam "em todas as formas e tamanhos". Então, primeira coisa a saber, a mentira muitas vezes nos é revelada por aquilo que o enganador faz e não pelo que ele diz. Verdadeiras máquinas de mentir, muitos homens têm uma aparência de sinceridade, mas, diante de uma pergunta direta, se traem de alguma forma. E isso vale mesmo para o mais treinado enganador.

Abra seus olhos para a mentira e use-os para avaliar a situação, se quiser pegá-lo. Pois, segundo Crum, nesse jogo de gato e rato, o enganador também sabe que o contato visual é um portal para os sentidos e vai tentar passar por essa primeira revista para ganhar a batalha. Como ele está agindo? Está nervoso, confiante, amedrontado, seguro de si? Onde suas mãos estão posicionadas? E os pés? Ele tem algum tique emocional enquanto fala? Está olhando nos seus olhos ou tenta evitá-los? Tudo isso é importante na investigação.

Mas, se os olhos são um portal para os sentidos, "então os ouvidos são a grade de proteção". Segundo um ditado muito usado na CIA: "não acredite naquilo que vê até que seus ouvidos concordem". Para Crum, isso significa que ouvidos e olhos trabalham juntos na busca de evidência de enganação. Portanto, ao invés de olhar o cavanhaque bem aparado, os sapatos engraxados dele, o grande anel de formatura e a carteira recheada, veja se há coerência no que vê e escuta e você já terá aí "um ótimo ponto de partida".

Dentre os 14 tipos de mentirosos caras-de-pau identificados pelo autor, um ou outro, você já teve o desprazer de conhecer: o que acusa você de o estar acuando, o que fica na defensiva tentando inverter as coisas, o que alega não ter a menor idéia sobre o que você está falando, o que filosofa levantando questões profundas para desviar a atenção, o paranóico que rebate logo "de-onde-você-tirou-essa-ideia"?, o derrotista que espera que você sinta pena dele, os dramáticos e ainda o cara que alega amnésia e diz que não se lembra bem do que aconteceu.

Dan Crum tem grandes expectativas para as leitoras desse livro. Ele quer trazê-las para o clube dele e torná-las também "detetives de relacionamentos". Para o escritor, essas técnicas de detectar mentiras da CIA podem ajudá-las além dos relacionamentos amorosos. Por exemplo, no trabalho, como funcionárias mais preparadas, colegas mais eficientes, melhores negociadoras, chefes ou executivas. Segundo ele, quando conseguimos dominar essas técnicas, somos capazes de detectar a enganação imediatamente, "a qualquer hora e em qualquer lugar".

Veja trecho do livro sobre as quatro razões pelas quais os homens mentem:

Preservação: redobrando o problema

Por décadas os homens foram considerados os provedores, ou seja, o macho, o alfa, a abelha-operária, a alma sensível, o defensor etc; agora, mais do que nunca, esta história do sucesso tem se transformado, já que as mulheres estão competindo na mesma força de trabalho e dentro das mesmas condições econômicas atuais, o que impõe grande pressão sobre os valores tradicionais da família, assim como nos papéis de cada um em casa e no local de trabalho. Isso faz com que alguns homens sintam-se ameaçados pela sua (perceptível) falta de sucesso aparente.

Aos olhos desse indivíduos do sexo masculino, cinco dígitos e, às vezes, até seis deles simplesmente já não funcionam mais; eles estão "nisso para vencer", e quando um fracasso ou uma inevitável instabilidade econômica se estabelece, ao invés de partirem para auto-depreciação, ou mesmo de relaxarem um pouco, eles teimosamente se apegam a esta bem-sucedida, apresentável e poderosa imagem que criaram de si mesmos.

Para esses homens, a mentira não visa necessariamente a machucar alguém, mas proteger a eles próprios ou, mais especificamente, a imagem que criaram de si mesmos. Eles precisam desesperadamente ser notados de uma maneira específica, mostrando-se bem sucedidos, ricos, criativos, inteligentes, bonitos, magros, atléticos, sensíveis, machões, e por aí vai. Independentemente do tipo de imagem que estejam tentando criar, o mais importante é que você a compre. Portanto, todas as respostas que eles dão são elaboradas para sustentar e, ao mesmo tempo, refletir cuidadosamente o panorama que esboçam.

Especificamente, existem duas maneiras pelas quais esses homens, tão preocupados a respeito da própria imagem, utilizarão o logro em seu próprio benefício.

Autopreservação. Quando o sendo de si mesmo (o "eu") é tão importante que ele fará o que for preciso para protegê-lo, a mentira torna-se meramente parte de uma operação que segue um procedimento padrão. Homens que agem desse modo tentam na verdade oferecer suporte a si próprios, muito mais que lográ-la. Por exemplo, um homem que perdeu a confiança, mais cuja própria existência depende do sucesso, do dinheiro e de outros promotores de confiança, responderá enganosamente no tocante ao carro que dirige, à casa onde mora, ao emprego que possui e até à própria renda. Isso visa garantir que suas mentiras em breve se tornarão verdades e, ao mesmo tempo, a manter o cenário nublado para os outros. Ele pode mesmo acreditar no que diz e considerar que sua mentira seja "inofensiva" porque, embora esteja ganhando somente cinco dígitos agora, logo voltará a ganhar seis novamente. Então poderá dirigir um belo carro e viver sozinho, deixando a casa dos pais. Esse tipo de homem acredita que é necessário "inventar até alcançar".

Proteção da imagem. Autopreservação é a salvaguarda do próprio ser e de seus próprios objetivos nesse planeta. A proteção da imagem é, em contrapartida, o ato de manter o senso de propósito ou de lugar perante os outros. Então, por exemplo, um homem pode lhe dizer que está comprando um novo imóvel, quando na verdade está tentando reduzir suas despesas, mudando para um lugar menor, afinal ele tem uma imagem a preservar. Talvez ele tivesse no ramo imobiliário e tenha se acostumados aos bons tempos, antes de o mercado entrar em declínio. Agora ele está mal preparado para lidar com os tempos difíceis e, ainda que suas finanças estejam em queda livre, ele parece não conseguir se libertar daquela imagem que costumava ter de si próprio, ou seja, de um corretor de imóveis que voa alto e a toda velocidade. Quando ele usa a mentira nesse caso, é muito mais para impressionar uma mulher que feri-la.

Cortesia: os sentimentos de uma mulher são importantes para ele. Geralmente, somos levados a acreditar que toda mentira é negativa ou, se não necessariamente negativa (depende dos escrúpulos com os quais estamos acostumados em nossa casa enquanto somos criados), pelos menos concebida para ferir outras pessoas. Mas você sabia que existe um tipo de enganação desenhado para poupar sentimentos?

Talvez um dia você já tenha perguntado a um colega do sexo masculino: "você gosta do meu novo vestido?" E ele tenha respondido de imediato: "Claro que sim!" - mesmo que não tenha achado que lhe caiu bem. Talvez você também já tenha questionado o seu parceiro, em meio a um restaurante lotado: "Gostou do meu novo penteado?" e é possível que ele tenha respondido instantaneamente "Sim", mesmo que não seja o caso.

É possível que tais respostas signifiquem apenas que o vestido não era fenomenal e que o cabelo não estava deslumbrante. A questão é que a maior parte dos homens é instruída a dizer "sim", "maravilhoso", "fantástico", "super", ou a utilizar algum outro superlativo gratificante quando forem questionados sobre tais assuntos. A menos, é claro, que o vestido em questão esteja tão espalhafatoso que possa arruinar a reputação de uma mulher pelo resto da vida, ou que tal penteado pareça tão ridículo que ela possa ser atacada pro pássaros assustados ao sair de casa.

Isso seria uma mentira? Tecnicamente falando, sim. Se o homem acha que seu vestido é um desastre, mas lhe diz o oposto, ele está de fato mentindo, mas o faz unicamente e exclusivamente para poupar seus sentimentos.

Privacidade: qual o sentido de fazer perguntas tão pessoais? Quanto você ganha por ano? Como anda sua vida sexual? Qual carro você dirige? Agora, é preciso admitir, estas são questões demasiadamente pessoais para se fazer a um homem durante um encontro às escuras, na primeira vez em que sai com ele ou até mesmo na terceira. Talvez a curiosidade faça parte de sua personalidade; é possível que alguns caras respondam a isso numa boa e não tenham nada a esconder - ou quer tenham muita autoconfiança. Outros, contudo, titubeiam diante de questões tão pessoais; eles não as enxergam como divertidas, legais ou mesmo como assuntos para um bate-papo, e sim, como uma espécie de interrogatóriotalvez até uma investigação. Resumindo, eles a levam para o lado pessoal.

Ao invés de dizer "Bem, isso é pessoal", ou "Isso não é de sua conta", homens desse tipo tentarão proteger a privacidade. Eles não fugirão das perguntas, mas serão capazes de respondê-las de maneira enganosa.

Por exemplo, se você indagá-lo a respeito de seu salário anual, ele poderá dizer: "Seis dígitos", quando, na verdade, são apenas 50 mil dólares. Ou, talvez, ao ser questionado sobre sua vida amorosa, ele responda "Não tenho me envolvido em relacionamento mais sério há algum tempo", quando na verdade, nos últimos tempos, ele tem estado mais enrolado com garotas do que Tiger Woods em Uma viagem a Las Vegas. Quanto ao automóvel, ele possivelmente aponte para um carro esporte vermelho estacionado e diga "Aquele é o meu carro", mesmo que o veículo pertença ao pai ou irmão - ou pior, seja alugado.

Nesse caso, o objetivo da mentira não é fazer o homem parecer melhor, como no caso da autopreservação ou da proteção da própria imagem, e, sim, manter alguma privacidade.

Talvez eles digam que ganham seis dígitos quando, na verdade, recebem muito mais que isso; eles simplesmente gostariam que as pessoas se aproximassem deles pelo que são, e não por causa do quanto têm na carteira. Talvez eles não digam que tipo de carro que dirigem nem apontem para o veículo certo porque não querem que você anote o número da placa enquanto estiver usando o banheiro masculino (é verdade, isso acontece). É uma questão de privacidade para eles, nada mais, nada menos.

Agora, mais do que nunca, vivemos em um mundo em que é preciso erguer barreiras e valorizar a autoproteção. Desde praticamente o nascimento, as mulheres são ensinadas a não dar o número de telefone e/ou endereço a estranhos, a manter a distância, a não se apressar, a manter a privacidade e a ser ariscas até que possam confiar suficientemente em um relacionamento.

Os homens também estão cada vez mais interessados em assegurar algumas barreiras, falsificando discretamente algumas respostas durante um encontro, ou mesmo durante uma entrevista de emprego, o que é um bom modo de manter alguma privacidade.

Mentira: pura e simples. Por último, mas não menos importante, o quarto motivo pelo qual os homens mentem é, simplesmente, para serem enganosos; para lográ-la e ponto. Isto é o que chamamos de mentira absoluta; não há outro modo de defini-la. Pode ser maliciosa ou não, imbuída de uma intenção verdadeiramente hostil ou puramente danosa, mas esse tipo de enganação é uma mentira descarada.

Por exemplo, um homem casado pode dizer: "Ah, aquela marquinha branca no meu dedo anelar? É que eu me cortei na semana passada enquanto cuidava do jardim e coloquei um pequeno curativo no local". Isso não é uma omissão, tampouco uma falácia. E é uma mentira muito mais significativa do que inofensiva; este sujeito está mentindo descaradamente para você e quanto antes você desvendar o que está acontecendo, mais cedo deixará de perder tempo ao lado dele.

Em outra situação, um candidato a uma vaga poderia dizer: "Atualmente estou desempregado", quando na verdade ele trabalha para seu maior concorrente. Outro pode dizer que já tem o MBA, mas sequer terminou a faculdade. Embora o diploma não faça diferença, o que importa é que o indivíduo mentiu.

Um mecânico de automóveis poderia alegar que você precisa de um novo sistema de freios, na frente e atrás, o que lhe custará 1.700 dólares, quando na verdade só o que você precisa são pastilhas de freios, que, aliás, um amigo poderia instalar opor 120 dólares (material e mão de obra inclusos).

Todos sabemos que os homens ludibriam por uma variedade de motivos; estamos cientes de que há níveis diversos de logro. O que não podemos negar é que, independentemente da razão, uma mentira é sempre uma mentira e que o pior tipo é a descarada, pura e simples.

 
Voltar ao topo da página