colaboração para a Livraria da Folha
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Livro de ex-combatente reúne 265 verbetes sobre a vida do ditador |
Adolf Hitler é descrito por Patrick Delaforce, ex-combatente britânico da Segunda Guerra Mundial e autor do livro "O Arquivo de Hitler" (Panda Books), como um jovem soldado que chegou a ter uma breve experiência comunista. Era também um homem de hábitos alimentares saudáveis. Não comia carne. E vivia atormentado por não saber ao certo sobre sua origem. Adulto, desconfiava ser neto de judeu. Mas, na adolescência, não se importava com a possibilidade de seu primeiro amor platônico ser uma moça judia.
"O Arquivo de Hitler" faz um resgate da vida do líder nazista, a partir de seus escritos e discursos e também do ponto de vista das pessoas que o conheceram, o amaram e o odiaram. Conta a história de um jovem pobre e desacreditado, que se tornou um ditador populista e acabou entrando para a história como sendo o maior carrasco do século 20.
De acordo com o autor, o primeiro amor de Hitler (depois de sua mãe, que o mimou e a quem adorava) foi Stefanie (ou Stephanie) Isak, uma jovem loira e alta que vivia no mesmo subúrbio de Linz, onde o ditador nazista morou. O sobrenome dela indicava que talvez fosse judia, mas, naquele tempo, isso de modo algum o incomodava.
"De sua parte, Stefanie mal o notava, Hitler confessou a Gustl que, para fugir com ela, seria capaz de sequestra-la; então como a moça continuava a ignorá-lo, planejou suicidar-se nas águas do rio Danúbio, levando-a consigo. Stefanie, que provavelmente jamais conversou com Hitler acabou casando-se com um soldado, o tenente Jasten".
Antes de se tornar o ditador que foi, Hitler também flertou com o comunismo. Em 13 de abril de 1918, proclamou-se a comunista Räterepublik, e os soldados dos conselhos de Munique realizaram uma eleição para assegurar que sua guarnição se mantivesse leal à República Vermelha. "Como vice-representante do batalhão, o cabo Hitler era um dos defensores da "república" comunista, e muitos de seus amigos também apoiavam a instauração da república. Em 3 de maio de 1919, o exército Vermelho foi barbaramente massacrado e Munique, "libertada"; no cômputo final, o Exército Branco infligiu 606 mortes às tropas da Prússia e de Württemberg. Ainda assim, por um breve período, Hitler foi comunista", relata Delaforce.
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De acordo com o autor, Hitler controlou todos os meios de comunicação na Alemanha e, graças a sua contagiante oratória, realizou uma verdadeira lavagem cerebral na população alemã ao longo de 12 anos. O povo o tratava como "o Messias", as mulheres o adoravam, e os homens, inclusive outros líderes nazistas, o temiam.
Nos discursos de Hitler, ele próprio revela suas táticas de manipulação. "Começamos, acima de tudo, com a juventude. Há velhos idiotas com os quais não se pode fazer mais nada" pausa para risadas. "Afastamos deles suas crianças, as levamos para serem um novo tipo de alemão. Quando a criança atinge os sete anos, ainda não tem sentimentos sobre seu nascimento e origem. Uma criança é igual às outras. Nessa idade as pegamos e as reunimos numa comunidade até alcançarem os 18 anos. Mas não as deixamos ainda. Entram para o partido, para AS, para a SS e outras agremiações, ou seguem diretamente para as fábricas, a Frente do Trabalho, o Serviço do Trabalho, ou dois anos de serviço militar".
No livro, Delaforce conta que Hitler referia-se ao caldo de carne como "chá de cadáver" e zombava de quem se alimentava de carne. Tornou-se vegetariano, depois da morte de Geli, sua sobrinha, em 1931. Não tocava, por vários motivos, em carne, frango, peixe ou ovos. Ficou obcecado por tudo o que comia ou deixava de comer. "Alimentava-se basicamente de massas, purê de batatas e verduras e, ao final de cada refeição, compotas de frutas e água mineral. Um de seus pratos favoritos era purê de batatas com óleo de linhaça e cobertura de queijo grelhado", revela Delaforce.
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"O Arquivo de Hitler"
Autor: Patrick Delaforce
Editora: Panda Books
Páginas: 200
Quanto: R$ 26,90 (preço promocional, por tempo limitado)
Onde comprar: 0800-140090 ou na Livraria da Folha
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