Livraria da Folha

 
26/10/2010 - 21h21

Cristo era um homem comum, conta ficção de ex-monge

da Livraria da Folha

A cúpula do Vaticano treme, em Roma. Um segredo bem guardado há cerca de dois mil anos corre o risco de vir à tona. Tudo isso porque, no silêncio da abadia de Saint-Martin, na França, um monge beneditino envereda um uma pesquisa perigosa. Seguindo uma pista quente, o que padre Nil está a um passo de descobrir pode mexer na ordem do mundo: a prova concreta que Cristo era um homem comum, portanto, sem natureza divina. Sentada sob a nitroglicerina dessa revelação, toda a Igreja Católica.

A história da busca pela verdade que assanhou um vespeiro gigante está em "O Segredo do Décimo Terceiro apóstolo" (Bertrand). Ao escrever o romance, Michel Benoît sabia bem do que falava. Também ex-monge beneditino, ele, tal qual o personagem padre Nil, iniciou uma pesquisa sobre a personalidade e a vida de Cristo e sentiu forte o peso da desaprovação da Igreja. Por isso, largou a batina em 1984. Foi dedicar-se ao trabalho de escritor. No currículo, traz ainda os títulos de ensaísta, historiador, teólogo e doutor em biologia.

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Livro não retrata a verdade histórica, mas constrói hipóteses
Livro não retrata a verdade histórica, mas constrói hipóteses

No romance histórico de Benoît, padre Nil é a pedra no sapato do Vaticano. Como tal, precisa ser vigiado. Quem sabe, exterminado. À frente dessa trama maquiavélica, nada menos, Emil Catzinger, o todo poderoso cardeal-prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, e Monsenhor Alessandro Calfo, o reitor secreto e devasso da Sociedade Pio 5º, que há séculos zela pelos tesouros e segredos mais preciosos da Igreja. "Suicidar" alguém pela janela de um trem expresso para proteger os interesses da Igreja é sempre uma saída para eles.

A coisa fica feia para o lado do detetive beneditino. Mas, ele não desiste. Vasculhando bibliotecas seculares, às vezes nos porões do Vaticano, ele está quase lá. A trilha aponta para uma epístola, escrita por um homem que seria o décimo terceiro apostolo de Jesus. Mas, ao mesmo tempo em que Nil corre para matar a charada, o escritor do romance faz o leitor saltar do presente para o passado, direto nos conturbados dias que antecederam e sucederam a morte de Jesus. E, nesse jogo, nem todos os personagens bíblicos são como imaginamos.

Entre enigmas, confabulações, assassinatos, espionagem e velhos segredos, o romance de Benoît vai na linha de outros dois sucessos: "O Código Da Vinci", de Dan Brown, e "O Nome da Rosa", de Humberto Eco. Classificado por alguns como "perigoso" para católicos lerem, o thriller, claro, não retrata a verdade histórica, mas constrói hipóteses a partir de textos que datam da origem da Igreja. O resto fica por conta da imaginação de Benoît. Também de algumas coisas que ele diz ter ouvido e visto em seus tempos de Vaticano.

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"O Segredo do Décimo Terceiro Apóstolo"
Autor: Michel Benoît
Editora: Bertrand Brasil
Páginas: 378
Quanto: R$ 39 (preço promocional, por tempo limitado)
Onde comprar: 0800-140090 ou na Livraria da Folha

 
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