Livraria da Folha

 
13/05/2009 - 18h20

LIVRARIA: Guia conta o que são a "casa da mãe joana" e o "santo do pau oco"

da Folha Online

Reprodução
Livro traz centenas de curiosidades sobre a língua portuguesa
Livro traz centenas de curiosidades sobre a língua portuguesa

Você sabe qual é a maior palavra da língua portuguesa (não, não é anticonstitucionalissimamente)? Qual a origem da expressão "santo do pau oco"? Sabia que a palavra perereca siginifica, em tupi, "indo aos saltos".

Estas e outras curiosidades da língua portuguesa estão reunidas no "Guia dos Curiosos - Língua Portuguesa". O livro é da Editora Panda Books e está à venda no site da Publifolha.

De forma divertida, o livro explica a origem das palavras, das expressões populares, de nomes próprios e até mesmo de palavrões. Da momento em que o homem começou a falar ao surgimento da imprensa, o título conta as mais diversas curiosidades como as maiores palavras do mundo, as diferenças do português do Brasil para o de Portugal, o nascimento dos primeiros jornais, etc.

Leia abaixo um trecho do livro que traz a origem de diversas expressões populares.

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A UNIÃO FAZ A FORÇA

Trata-se de abreviação de um texto bíblico: "É fácil quebrar uma vara, mas é difícil quebrar um feixe de varas". Em latim, a frase é "Vis unita fortior", traduzida em português para "A união faz a força".

CASA DA MÃE JOANA

A mulher que emprestou seu nome ao surgimento dessa expressão foi Joana I (1326-82), condessa de Provença e rainha de Nápoles. Em 1347, ela regulamentou os bordéis de Avignon, onde vivia refugiada. "Casa-da-mãe-joana" virou então sinônimo de prostíbulo, lugar de bagunça;

CHORAR AS PITANGAS

Pitanga vem de pyrang, que em tupi quer dizer vermelho. Portanto,a expressão significa "chorar muito, até o olho ficar vermelho".

CUSPIDO E ESCARRADO

Significa que uma pessoa é muito parecida com outra. A frase original, no entanto, é "esculpido em carrara", uma alusão à perfeição das esculturas de Michelangelo, pois carrara, um mármore italiano, era bastante utilizado por ele. O uso popular foi modificando a frase.

DAR UMA DE JOÃO-SEM-BRAÇO

A expressão é usada para designar as pessoas que escapam de fazer alguma coisa, dando uma desculpa que não se justifica. De acordo com o escritor Deonísio da Silva, autor de "A Vida Íntima das Frases", ela teria vindo da época das guerras civis de Portugal. Os feridos e aleijados não podiam trabalhar nem voltar à luta. "Simular não ter um ou os dois braços constitui-se em escusa para fugir ao trabalho e a outras obrigações. Não demorou e a expressão 'dar uma de João-sem-braço' migrou para o rico, sutil e complexo reino da metáfora, aplicando-se a diversas situações em que a pessoas se omite, alegando razão insustentável".

DO ARCO-DA-VELHA

Coisas do arco-da-velha são coisas inacreditáveis, absurdas. Arco-da-velha é como é chamado o arco-íris em Portugal, e existem muitas lendas sobre suas propriedades mágicas. Uma delas é beber a água de um lugar e devolvê-la em outro - tanto que há quem defenda que "arco-da-velha" venha de arco da bere ("de beber", em italiano).

SANTO DO PAU OCO

A expressão surgiu no Brasil no século XVIII, em Minas Gerais. Para escapar dos elevadíssimos impostos cobrados pelo rei de Portugal durante o auge da mineração, os proprietários de minas e os grandes senhores de terras da colônia colocavam parte de seus ganhos no interior de imagens ocas de santos, feitas de madeira. Algumas delas, eram enviadas a parentes de outras províncias, e até de Portugal, como se fossem presentes.

"Guia dos Curiosos - Língua Portuguesa"
Autor: Marcelo Duarte
Editora: Panda Books
Páginas: 424
Quanto: R$ 42,90
Onde comprar: nas principais livrarias, pelo telefone 0800-140090 ou no site da Publifolha

 
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