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28/08/2009 - 11h50

Conheça os livros do vestibular 2010 da Fuvest e Unicamp e prepare-se para as provas

da Folha Online

Conhecidos por selecionar grandes clássicos da literatura brasileira, os vestibulares da Fuvest e Unicamp reciclam sua lista de livros obrigatórios a cada ano. Além de fundamentais para os exames, as obras ajudam a entender a história da sociedade do país ao longo dos anos. A edição 2010 traz de José de Alencar a Jorge Amado. Saiba quais são os escolhidos.

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"Antologia Poética Vinicius de Moraes" está na lista do vestibular
"Antologia Poética Vinicius de Moraes" está na lista do vestibular

Organizada pelo próprio Vinicius de Moraes, teve a colaboração de amigos, em especial a do poeta modernista Manuel Bandeira. O volume específico para o vestibular ainda traz análise, resumo e notas explicativas criadas por José Luiz Amzalak, pós-graduado e professor de Literatura e interpretação de textos em pré-vestibulares do interior de São Paulo e Minas Gerais.

O livro mais famoso de Gil Vicente é a primeira parte da trilogia das barcas --a segunda "Auto da Barca do Purgatório" e a última "Auto da Barca da Glória". O cunho moral das peças é uma alegoria e uma crítica social ao comportamento dos habitantes de Lisboa. Narra a história do julgamento das almas dos personagens --entre eles um abobalhado, uma alcoviteira, um agiota, um sapateiro, um frade e quatro cavaleiros-- que representam as figuras e pecados comuns da sociedade.

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"Capitães da Areia" de Jorge Amado mostra a realidade de meninos de rua
"Capitães da Areia" mostra a realidade de meninos de rua

Jorge Amado expõe a crueldade do universo adulto em confronto com a realidade de um grupo de meninos pobres, moradores de um trapiche abandonado, em Salvador, na década de 1930. Apesar de escrito sob influência da militância comunista do autor, o livro é atual, pois retrata a condição de muitos meninos de rua que ainda hoje sobrevivem de pequenos delitos e à margem do estrato social.

Em "A Cidade e as Serras", de Eça de Queiroz, o conflito entre a vida rural e a urbana é retratado através da história de Jacinto, um ardoroso defensor do progresso técnico e da modernização. De Paris para a serra portuguesa, ele faz também uma viagem pessoal de descoberta e mudança.

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Livro de Aluísio Azevedo é um clássico da literatura brasileira
Livro de Aluísio Azevedo é um clássico da literatura brasileira

A obra máxima de Aluísio Azevedo mostra o dia a dia de um cortiço no final do século 19, expondo as duras condições da classe operária e as humilhações impostas aos escravos às vésperas da abolição e da proclamação da República. O romance representa a maturidade de um escritor preocupado em registrar e analisar os males da sociedade brasileira.

A alquimia narrativa de Machado de Assis chega às alturas em "Dom Casmurro", considerado por muitos como o maior romance do autor e reconhecido como um dos melhores e mais importantes da literatura brasileira e mundial. Publicado em 1899, o livro descreve uma relação baseada na insegurança e no ciúme de um homem, o advogado Bento Santiago --o Bentinho-- por sua mulher, Capitu.

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"Iracema" conta a história de índia apaixonada por guerreiro branco
"Iracema" conta a história de índia apaixonada por guerreiro branco

Escrito por José de Alencar, "Iracema" faz parte da trilogia indianista do autor, ao lado de "O Guarani" e "Ubirajara". De forma quase poética, o romance narra o amor de um branco, Martim Soares Moreno, pela índia Iracema, a virgem dos lábios de mel e dos cabelos mais negros que a asa da graúna. Desse amor, surge uma nova nação. A história se passa no século 17 e apresenta, metaforicamente, as origens do Brasil.

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"Memórias de um Sargento de Milícias", de Manuel Antonio de Almeida
"Memórias de um Sargento de Milícias", de Manuel A. de Almeida

Romance precursor do Realismo no Brasil, conta a história do filho de Leonardo-Pataca. Batizado também de Leonardo, é literalmente chutado de casa pelo pai. Criado pelo padrinho barbeiro, sofre desde cedo com sua pouca aptidão aos estudos e ao trabalho, e com suas desventuras amorosas. Na obra, Manuel Antônio de Almeida escancara os desmandos da milícia, a promiscuidade do baixo clero e o jogo de interesses e especulações sociais.

Lançado originalmente em 1938, é o romance em que o mestre Graciliano Ramos alcança o máximo da expressão que vinha buscando em sua prosa. O que impulsiona os personagens é a seca, áspera e cruel, e paradoxalmente a ligação telúrica, afetiva, que expõe naqueles seres em retirada, à procura de meios de sobrevivência e um futuro.

 
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