Maiores ilustradores do país homenageiam Mauricio de Sousa em livro

Um dos autores que mais atraiu fãs em busca de um autógrafo na Bienal do livro do Rio de Janeiro, Mauricio de Sousa foi responsável por longas filas nos estandes das editoras que lançavam suas obras no último fim de semana.

Rafael Hupsel/Folha Imagem

O quadrinista Mauricio de Sousa atraiu multidões no último fim de semana na Bienal do livro do Rio de Janeiro, no Riocentro

Em entrevista à Livraria da Folha, o autor que completou 50 anos de carreira este ano falou sobre os novos projetos, entre eles um álbum de luxo que reúne tiras do Bidu --seu primeiro personagem-- que Mauricio folheava pela primeira vez. "Quase chorei de emoção. Aqui estão algumas das páginas que eu desenhei há praticamente 50 anos. A revista começa com as velhas histórias, meu traço antigo, e chega até Bidu mangá", detalhou.

Novidade é o que não falta na programação da Bienal sobre Mauricio. Entre elas, a obra "MSP 50", uma seleção que o jornalista Sidney Gusman montou com os principais ilustradores do país, entre eles Ziraldo, Laerte, Angeli, Gabriel Bá e Fábio Moon.

O quadrinista explicou que cada um fez uma historinha à sua maneira --texto e desenho-- com um personagem da Turma da Mônica e elogiou "além de ser um livro, é o melhor e maior catálogo de artistas brasileiros de todos os tempos."

Ainda mostrou duas novas publicações para ajudar quem deseja aprender inglês e espanhol: "Monica y Su Pandilla" e "Monica's Gang", que reproduzem a primeira revistinha da Mônica em outros idiomas e chegarão às bancas junto com as demais revistas. "Moleza para quem quer estudar inglês e espanhol, principalmente espanhol que agora é obrigatório nas escolas. Eu acho que é mais gostoso aprender uma língua no gibi, com uma história gozada, divertida, com personagens gostosos. Eu mesmo aprendi italiano, francês e espanhol nas historinhas em quadrinhos.", confessou.

Sobre o evento, Mauricio brincou com a grande quantidade de pessoas que atrai por onde passa, "Quando consigo passar pelos corredores, eu consigo ver alguma coisa. Eu acho esse movimento, essa curiosidade, esse frisson que há aqui, uma maravilha. Mostra realmente que se o pessoal tiver livro ao alcance, vai se interessar. Logicamente, quem começa a ler um pequeno livro, uma revistinha, vai continuar lendo sempre e vai ser melhor informado. E isso vai transformar cada pessoa, cada brasileiro, num cidadão. Cidadão com "C" maiúsculo."