Feira de Frankfurt começa na quarta com expectativas sobre e-book e China
da Livraria da Folha
A Feira de Frankfurt começa na próxima quarta-feira (14) com a China como convidada de honra e as editoras em dúvida sobre o impacto dos livros digitais (e-book) no futuro dos seus negócios. A 61ª edição do evento, o maior do setor, vai até o dia 18, um domingo, na cidade alemã. No ano passado, os organizadores registraram um público de mais de 300 mil visitantes com expositores de mais de cem países.
Na capital europeia do livro, o Brasil será representado por quase 70 editoras, que vão mostrar seu catálogo. A venda de direitos autorais é uma das atividades do mercado durante o período da feira. Instituições de ensino superior vão marcar presença em Frankfurt. A USP (Universidade de São Paulo) vai dividir um estande com editoras da Unicamp e da UnB, entre outras.
Durante a feira, na biblioteca pública de Frankfurt, serão exibidas exposições sobre patrimônios mundiais da China, recorte em papéis e pinturas reproduzidas em tábuas esculpidas. O vice-presidente chinês, Xi Jinping, vai acompanhar as atividades da feira.
| Ben Margot/AP |
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Natal do e-book?
O mercado editorial ficará bem atento aos negócios. As editoras se mostram preocupadas com a mudança da plataforma impressa para a eletrônica, temendo queda nas vendas do livro físico.
Especialistas fazem previsões de que, no Natal próximo, aparelhos de leitura como o Kindle, da Amazon.com, devem popularizar o hábito do livro digital (e-book), principalmente com a expectativa de queda nos preços dessa nova tecnologia.
O leitor digital Kindle começa a ser vendido para fora dos Estados Unidos a partir do próximo dia 19. Estima-se que o produto chegue ao Brasil valendo cerca de US$ 590, incluindo as taxas de importação, ou seja, uma quantia mais que o dobro do valor nos EUA (US$ 279).
O mercado editorial anda apreensivo, porque a tendência é que novos aparelhos para e-book sejam lançados, por valores mais baixos e acessíveis, como ocorre hoje com produtos piratas importados principalmente da China. O consumidor também terá a opção de comprar (e baixar) apenas um capítulo de um livro, como já acontece com músicas.
Uma recente pesquisa apontou que metade das editoras ouvidas espera que, a partir de 2018, as vendas com e-book superem as do livro impresso. O estudo foi feito pelos organizadores da Feira de Frankfurt em parceria com duas revistas (a americana "Publishers Weekly" e a alemã "Buchreport"). Foram ouvidos 840 especialistas em diferentes países.
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