Livraria da Folha

 
12/11/2009 - 22h19

Revolução feminista reduz procura por prostitutas, afirma "Superfreakonomics"

da Livraria da Folha

A revolução feminista ajudou a reduzir a procura por prostitutas nos últimos 60 anos, sustenta o recém-lançado "Superfreakonomics". Motivo citado pelo livro: a prostituição, com todo setor da economia, está vulnerável à competição.

"Quem impõe maior concorrência às prostitutas? A resposta é óbvia: qualquer mulher que esteja disposta a fazer sexo com um homem de graça", cita a nova obra de Steven Levitt e Stephen Dubner.

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Livro sustenta ser exagerado alarmismo sobre aquecimento global
Livro explica por que o preço do sexo oral despencou em 60 anos
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Economista Steven Levitt
Autor Steven Levitt

No capítulo "Por que Prostituta de Rua é Como Papai-Noel de Shopping?", os autores apresentam uma radiografia da prostituição em Chicago, reduto do presidente Barack Obama, comparando com dados e teorias sobre o mercado de trabalho.

Há curiosidades estatísticas, como se espera da sequência do best-seller "Freakonomics". A sexta-feira é o dia mais movimentado para as prostitutas, mas elas ganham mais no sábado. Isso ocorreu porque os serviços requisitados na sexta-feira (como sexo oral e estimulação manual) são mais baratos.

"Superfreakonomics" relata que o sexo anal custa US$ 94, acima do vaginal (US$ 80). Só a estimulação manual do pênis sai por US$ 26, enquanto o sexo oral custa US$ 37.

Sérgio Ripardo
Prostitutas aguardam clientes no famoso bairro da luz vermelha, em Amsterdã
Prostitutas em vitrine aguardam clientes no famoso bairro da luz vermelha, em Amsterdã

O livro investiga por que o sexo oral custa menos que a metade do sexo vaginal. A explicação é que envolve custos menores, elimina a possibilidade de gravidez e reduz o risco de doenças.

A exemplo de outros setores da economia, as prostitutas também adotam a prática da "discriminação de preços". Os autores descobriram que elas dão descontos nos preços para negros: US$ 9 a menos por serviço do que o valor cobrado dos brancos.

O sexo oral é o carro-chefe do mercado das prostitutas: representa 55% dos serviços. Em seguida, aparece o sexo vaginal (17%), estimulação manual (15%), sexo anal (9%) e outras práticas (4%).

Ao contrário do que se imagina, a prostituta agenciada por cafetão ganha mais, segundo o livro. Isso ocorre porque ele consegue mais clientes para ela, na comparação de uma garota que trabalha sozinha na rua.

Diversificar o trabalho para ganhar trocado extra é também uma realidade. Os autores contam a história de uma mulher de 29 anos. Ela se prostitui na rua, mas também fatura com outros serviços: é olheira de uma gangue de drogas, cabeleireira e ladra de lojas.

E por que prostituta de rua é como Papai-Noel de shopping, como diz o nome do capítulo?

"A resposta é óbvia: ambos exploram oportunidades de trabalho temporário, resultantes de picos de demanda esporádicos", escrevem os autores.

"Superfreakonomics"
Autor: Steven D. Levitt e Stephen J. Dubner
Páginas: 272
Quanto: R$ 66,90
Onde comprar: 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha

 
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