Livraria da Folha

 
22/11/2009 - 13h33

Músicos do Paralamas e do Titãs são autores de romances; conheça 13 obras

da Folha Online

Fernanda Takai trocou a voz doce das músicas do Pato Fu por crônicas e contos bem-humorados sobre momentos de sua vida, enquanto João Barone, baterista do Paralamas do Sucesso, decidiu compartilhar com o público suas aventuras relacionadas à Segunda Guerra Mundial. Chico Buarque também escolheu escrever livros como forma de condensar toda sua imaginação e criatividade, mesma opção utilizada por Tony Bellotto, do Titãs, que possui vários títulos lançados. Gabriel, o Pensador também é autor de um livro que mostra a paixão incondicional de um torcedor do Flamengo.

Aproveitando que o Dia da Música e do Músico é comemorado neste domingo (22 de novembro), a Livraria da Folha reuniu produções literárias de artistas da MPB, do pop e do rock nacional. Conheça um pouco mais das criações destes músicos, que têm muito mais a mostrar além de canções e composições.

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João Barone, do Paralamas do Sucesso

Divulgação
João Barone (foto) relata os bastidores de empolgante viagem sobre a Segunda Guerra
João Barone (foto) relata os bastidores de empolgante viagem sobre a Segunda Guerra

"A Minha Segunda Guerra" - João Barone, baterista do Paralamas do Sucesso, é um grande estudioso da Segunda Guerra Mundial. Seu interesse tem uma boa justificava: ele é filho de um pracinha, um dos muitos heróis brasileiros. Neste livro, Barone divide com os leitores, de forma emocionada e singela, o resgate de sua relação com seu pai. O músico --que atravessou o Atlântico com seu incrível jipe original da Segunda Guerra e, como um pracinha da paz, participou das celebrações de 60 anos do desembarque aliado na Normandia-- faz um relato dos bastidores dessa empolgante aventura e ensina o caminho das pedras àqueles que sonham em visitar o cenário da batalha. Como se isso não fosse o bastante, ele nos apresenta uma coletânea de artigos que escreveu sobre o assunto, sempre abordando aspectos curiosos do conflito.

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Gabriel, o Pensador

Folha Imagem/Divulgação
Músico Gabriel, o Pensador conta a história de um torcedor incondicional do Flamengo
Músico Gabriel, o Pensador conta a história de um torcedor incondicional do Flamengo

"Meu Pequeno Rubro-Negro" - Conheça a história de Claudinho, garoto novo na cidade que vai ver o Flamengo jogar pela primeira vez. Com uma camisa rubro-negra, ele está prestes a se maravilhar com o Maracanã e descobrir a maior torcida do Brasil, uma multidão apaixonada que faz os adversários tremerem com seus cantos. Durante o jogo, o garoto passa a conhecer um pouco mais sobre a história do time, que já revelou grandes craques e deu shows de bola inesquecíveis, tornando-se o único Campeão do Mundo entre os cariocas. Com uma história pulsante e divertida, no ritmo mágico do futebol, Gabriel o Pensador conduz o leitor para dentro do Maraca, ou seja, para dentro do coração do Flamengo --e uma vez Flamengo, sempre Flamengo.

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Fernanda Takai

Divulgação
Fernanda Takai, vocalista do Pato Fu, apresenta crônicas e contos muito bem-humorados
Fernanda Takai, vocalista do Pato Fu, mostra crônicas e contos muito bem-humorados

"Nunca Subestime uma Mulherzinha" - Esta é uma coleção de contos e crônicas publicados por Fernanda Takai, vocalista do Pato Fu, nos jornais "Correio Braziliense" e "O Estado de Minas". O leitor descobrirá o talento literário e a irreverência de Fernanda em textos confessionais e bem-humorados. Com simplicidade sublime, a autora descreve momentos de sua vida e cria outros que poderiam caber na vida de qualquer um. Quem conhece o Pato Fu não se surpreenderá: aquela baixinha de voz suave que se esconde atrás de uma guitarra tem muito a dizer! O livro tem prefácio de Zélia Duncan.

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Tony Bellotto, do Titãs

Ana Ottoni/Folha Imagem
Tony Belloto (foto), do Titãs, é autor de uma série de livros, incluindo "Bellini e a Esfinge", que serviu de inspiração para um filme policial
Tony Belloto (foto), do Titãs, é autor de uma série de livros, incluindo "Bellini e a Esfinge", que serviu de inspiração para um filme policial

"Os Insones" - O caos urbano e a violência acompanham a vida dos moradores das grandes metrópoles, em especial dos jovens, que buscam respostas para a sua existência em meio a uma ansiedade brutal. Neste livro, Bellotto mistura elementos de suspense que retratam uma juventude "perdida" e os novos rumos da classe média, iludida com velhos dogmas e valores. O tema central da obra é a violência. Os insones, segundo a epígrafe do romance, são todos aqueles que acordam e saem à noite em busca de liberdade. O negro Samora, morador do Leblon, a branca Sofia, moradora de Ipanema e dada como desaparecida, ou da mulata Mara Maluca, chefe de quadrilha, representam os mais diversos extratos sociais num constante clima de tensão. É justamente a vontade de agir e de mudar que une os personagens em meio a uma inadequação e ansiedade de modificar se não o mundo, ao menos o próprio destino.

"Bellini e os Espíritos" - As férias do detetive Remo Bellini são interrompidas por um intrigante envelope deixado debaixo da porta da agência de detetives. No envelope, 5.000 dólares e um recorte de jornal. No terceiro livro da série, o investigador terá que entrar em um centro espírita para tentar solucionar a morte do advogado Arlindo Galvet, aparentemente por causas naturais, durante a tradicional corrida de São Silvestre. Bellini ainda tem tempo para suas aventuras amorosas, o habitual blues, máfia chinesa e perseguições pelo bairro da Liberdade. Romance policial estilo noir.

"BR 163" - Livro narra duas histórias de duas mulheres que atravessam a estrada BR 163, atormentadas por problemas pessoais e familiares. Na primeira história, Lavínia, deixada muito cedo em um orfanato, cresceu curiosa sobre a identidade dos pais. Tornou-se policial. A policial viaja em um Opala com o investigador Cardoso. Os dois perseguem um contrabandista de bebidas, mas acabam descobrindo o que não queriam. Selene, protagonista da segunda história, logo que menstruou a primeira vez, foi deixada pelo pai em um prostíbulo. Tornou-se garota de programa. Viaja ao interior paulista para ajudar o pai estelionatário a escapar do presídio em Presidente Venceslau, se o rancor do passado permitir.

"Bellini e o Demônio" - Resolver o assassinato da bela jovem Sílvia Maldini, encontrada em um banheiro escolar com um tiro na testa, e procurar um manuscrito de Dashiel Hammett, gênio da literatura policial. Dois casos difíceis para o detetive Remo Bellini. No segundo livro da série, o investigador paulistano terá que se dividir em dois para resolver os casos. A trama se desenrola em São Paulo e no Rio de Janeiro, com mistérios submersos no mundo do crime e repleto de sensualidade.

"Bellini e a Esfinge" - Quem é Ana Cíntia Lopes? Por que Camila e Dinéia sumiram? O que deseja Fátima? Por que Fabian segue Pompílio? Quem matou o doutor Rafidjian? Para desvendar estes mistérios, o detetive Remo Belline se infiltra no submundo paulista e se envolve em uma história cheia de perigos, que aos poucos vai se desvendando de forma surpreendente. Romance policial que inspirou o filme "Bellini e a Esfinge", estrelado por Fábio Assunção e Malu Mader, segue o gênero noir, no qual o acúmulo de perguntas e dúvidas acrescenta um ritmo vertiginoso à narração, envolvendo o leitor em uma trama emocionante.

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Chico Buarque

Ana Carolina Fernandes/Folha Imagem
Cantor e compositor Chico Buarque (foto) é autor de diversos livros, incluindo "Leite Derramado", de 2009
Cantor e compositor Chico Buarque (foto) é autor de diversos livros, incluindo "Leite Derramado", de 2009

"Leite Derramado" - Neste aguardado e elogiado romance, o cantor, compositor e escritor carioca atinge o ponto alto de sua produção literária. Com prosa elegante, fluente e divertida, Chico narra a saga dos Assumpção, uma família de elite liderada pelo moribundo Eulálio. Em meio a delírios e devaneios, Eulálio relembra sua vida e seu conturbado e egoísta amor por Matilde, uma desejável mulata com quem Eulálio se casa e vive relação corroída pelo ciúme. Paralelamente, Eulálio narra a saga de sua família, uma sucessão de calhordas que chega ao Brasil no século 19 e atravessa as décadas fazendo quase tudo fora da lei. O cenário é o Rio de Janeiro, e o enredo dá vida às lembranças do autor, como vitrolas, colégios para moças, ritmos e o futebol.

"Benjamim" - Após encerrar sua carreira como modelo fotográfico, Benjamin reencontra a mulher que amou na juventude. A narração é perturbadora, e o protagonista não consegue mais distinguir as imagens do presente e do passado, em um delírio temporal. A história de "Benjamim" ganhou os cinemas em 2003, com a diretora Monique Gardenberg.

"Budapeste" - A história de um escritor anônimo, competente e angustiado, que se vê exaurido pelo próprio talento. Neste livro, José Costa é um ghost-writter casado com a telejornalista Vanda, e que tem o seu talento para escrita explorado por um sócio em uma agência cultural em Copacabana. Diante de um impasse crítico e existencial, ele viaja para um congresso de autores anônimos, mas é obrigado a fazer escala na cidade título da obra. Lá conhece Kriska, mulher que ensinará "a única língua do mundo que, segundo as más línguas, o diabo respeita": o húngaro. Começam então as peripécias de um homem dividido entre duas cidades, duas mulheres, dois livros, duas línguas, além de outras simetrias que o darão a sensação de viver em projeção especular. Terceiro romance do autor, a obra foi vencedora do Prêmio Jabuti de melhor livro de 2003, além de ter ganhado o 4º Prêmio Passo Fundo Zaffari e Bourbon de Literatura em 2005.

"Chapeuzinho Amarelo" - Chapeuzinho tinha medo de tudo! Já não ria. Em festa, não aparecia. Não subia escada, nem descia. Não estava resfriada, mas tossia. Ouvia conto de fada e estremecia! Considerado um clássico da literatura infantil brasileira, esta nova edição traz o traço de Ziraldo. Enfrentando o desconhecido --o lobo--, ela supera medos, inseguranças e descobre a alegria de viver. Com sensibilidade, Chico Buarque, compositor e escritor, constrói um texto em que a linguagem é um grande jogo.

"Estorvo" - Esta é a história de um personagem que vive numa atmosfera de sonho e vigília, na qual convive com personagens estranhamente familiares. O narrador oscila entre o relato cotidiano e a subjetividade incoerente. O estopim é a chegada de uma visita que insiste em tocar a campainha. Uma trajetória obsessiva vai ter início. O livro, primeiro romance do compositor, recebeu o prêmio Jabuti de Melhor Romance em 1992.

 
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