Livraria da Folha

 
19/11/2009 - 20h38

Bandeira brasileira completa 120 anos

da Folha Online

Sergio Lima /Folha Imagem
BRASILIA (DF), 31 DE JUNHO DE 2008 - VICE-PRESIDENTE JOSE ALENCAR NO EXERCICIO DA PRESIDENCIA - Vice- Pres. Jose Alencar, no exercicio da presidencia da republica, participa da cerimonia de troca da bandeira nacional na praca dos tres poderes, em Brasilia. A cerimonia ficou sob a resposabilidade da Marinha do Brasil. Brasilia, 01/06/08 (Foto: Sergio Lima / Folha Imagem)
Cerimônia de troca da bandeira nacional na praça dos três poderes, em Brasília

Com a proclamação da República, foi necessário escolher a bandeira que simbolizasse a nação. No dia 19 de novembro ela foi definida, adaptando a bandeira imperial que já existia. As cores e algumas formas foram mantidas, acrescentando o lema positivista
"Ordem e Progresso" e as estrelas que representam os estados.

Existem algumas normas a respeito de sua utilização. Ela dever hasteada pela manhã e recolhida ao fim da tarde, pois não deve ser exposta à noite, a não que ser que bem iluminada. Seu uso é obrigatório em qualquer órgão governamental, em comemorações ou luto nacional. Quando não for mais utilizada ela deve ser incinerada e não pode ter seu tecido reaproveitado.

Símbolo máximo da nação brasileira, que tem o dia 19 de novembro marcado por sua comemoração, completa em 2009 120 anos de existência. Nascida juntamente com a nova república, suas cores e sua importância marcaram diferentes períodos históricos brasileiros. A Livraria da Folha selecionou alguns livros que ajudam a entender este mais de um século de República Federativa do Brasil.

"Os Sertões" - Euclydes da Cunha

Livro-reportagem originado do material que Euclydes da Cunha publicou no jornal "O Estado de S.Paulo", enquanto era correspondente na Guerra de Canudos (1896-1897). Apesar de se tratar de um evento messiânico e que não possuía um caráter político, o exército brasileiro pensava se tratar de um levante a favor da monarquia. Dividido em três partes é possível observar a mudança do olhar do autor em relação ao conflito. Os primeiros textos, escritos ainda de São Paulo, mostram a concordância com a opinião militar e vai se modificando, conforme ele entra em contato com a realidade sertaneja.

"Getúlio Vargas" - Boris Fausto

Neste livro, Boris Fausto traça um perfil de Getúlio Vargas, gaúcho que se tornou presidente amado por muitos de sua época. Como se tornou o mais centralizador dos governantes brasileiros, combatendo duramente o regionalismo e erigindo o nacionalismo em ideologia? Como um ditador simpático ao fascismo se torna um líder de massas cultuado pela esquerda? Como esse homem presidiu o país durante a sua quadra histórica de industrialização mais acelerada? O político astuto e dissimulado era, mais simplesmente, um homem reservado. Entre o estereótipo do benfeitor dos humildes e o manipulador das grandes massas, Fausto escolhe as duas alternativas.

"O Beijo da Morte" - Carlos Heitor Cony

Misturando depoimentos, reportagens e ficção, Carlos Heitor Cony parte da morte de Juscelino Kubitschek, João Goulart e Carlos Lacerda para criar uma trama de mistério. Apesar dos elementos de ficção, Cony apresenta as figuras que foram imprescindíveis para a história brasileira que viria a seguir. JK, o presidente que construiu Brasília e deu um salto no desenvolvimento do Brasil. João Goulart, utilizado como justificativa para o golpe militar, após vista à China comunista. Por fim, Carlos Lacerda o grande opositor de Getúlio Vargas.

"Coleção Ditadura" - Elio Gaspari

Nesta coleção de quatro volumes, Elio Gaspari narra os diferentes períodos que marcaram a ditadura militar no Brasil. Em 1984, o jornalista Gaspari ganhou uma bolsa de três meses do Wilson Center for International Scholars. Sua intenção era escrever um ensaio com o título: "Geisel e Golbery, o Sacerdote e o Feiticeiro". Em cerca de cem páginas, Gaspari pretendia explicar por que, entre 1974 e 1979, o ex-presidente e o chefe do seu Gabinete Civil desmontaram a ditadura militar, quando na década anterior, entre 1964 e 1967, haviam ajudado a construí-la. Acabou percebendo que 100 páginas não seriam o suficiente e iniciou a série de livros.

"Notícias do Planalto" - Mario Sergio Conti

Com o objetivo de traçar um panorama dos bastidores da imprensa brasileira, Mario Sergio Conti analisa de que maneira os principais jornais, revistas e emissoras de TV cobriram a ascensão e a queda de Fernando Collor. Roberto Marinho, Victor Civita, Octavio Frias Filho, Ruy Mesquita, Bóris Casoy, Jô Soares, Alberto Dines, Lilian Witte Fibe, Marilia Gabriela, Ferreira Neto, Paulo Francis e outros estão entre os nomes que construíram a imagem de "caçador de marajás" do então candidato Collor, até as denúncias de corrupção e o seu afastamento do cargo presidencial.

"O Sapo e o Príncipe" - Paulo Markun

Jornalista Paulo Markun, envolvido com política desde os anos 1970, parte de uma minuciosa pesquisa, entrevistas, depoimentos e reportagens, ele traça dois perfis: de um lado o intelectual e sociólogo Fernando Henrique Cardoso que estudou em Paris, do outro o operário nordestino Luiz Inácio Lula da Silva que fundou um partido político. Markun também resgata momentos marcantes de uma geração de brasileiros que lutou contra a ditadura e conquistou o poder.

"A História de Lula: O Filho do Brasil" - Denise Paraná

Luís Inácio "Lula" da Silva tem sua trajetória contada neste livro. Da infância pobre no sertão nordestino, passando pela mudança para São Paulo com a sua mãe, até os anos 1970, quando se firmou como principal líder sindical brasileiro. Nascido como uma tese de doutorado, este livro foi reescrito enquanto a autora assessorava a produção do roteiro do filme "Lula: O Filho do Brasil".

"Dicionário Lula" - Ali Kamel

Diretor de jornalismo da Rede Globo de televisão, Ali Kamel utiliza os discursos da época sindical de Lula e as entrevistas concedidas desde a posse em 2003, para montar um retrato do presidente. Lula surge como um comunicador de grande competência, que examina e exemplifica a realidade através de suas experiências pessoais. O militante sindicalista dos anos 80 emerge como um homem que valoriza a família e deus, desejoso em compartilhar os benefícios capitalistas com a população pobre. Para conciliar os extremos sociais criados pelo sistema, utiliza o assistencialismo como ferramenta fundamental para diminuir o distanciamento das classes.

"A História do Brasil no Século 20" - Oscar Pilagallo

Coleção da série "Folha Explica" analisa todos os períodos vividos no Brasil durante o século 20. Com cinco volumes, cada um trata de duas décadas que contribuíram a sua maneira para a formação da política brasileira. Iniciando em 1900, conta como a Nação engatinhava com a recente mudança de regime e se preparava para as crises da década de 1930, passa pela construção de Brasília, pela ditadura militar e termina com a eleição de Lula em 2003.

 
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