Livraria da Folha

 
02/01/2010 - 21h01

Glória Kalil ensina regras de etiqueta no convívio social; leia trecho

da Livraria da Folha

Divulgação
As regras de etiqueta para se comportar bem em sociedade
As regras de etiqueta para se comportar bem em sociedade

Traduzir os códigos de etiqueta e comportamento para a vida real nem sempre é fácil. São muitas as dúvidas do que pode ou não ser feito no convívio com os outros. Para esclarecer as mais frequentes perguntas que tem ouvido, a especialista em etiqueta, Glória Kalil escreveu o livro "Alô, Chics!", no qual concentra-se em questões de etiqueta contemporânea, reunindo problemas e dúvidas levados à ela pelos ouvintes do programa que teve na rádio Eldorado de São Paulo, pelos telespectadores de seu quadro no Fantástico, da Rede Globo, e também pelos internautas que frequentam seu site.

Composto de pequenos "capítulos" temáticos reunidos por assunto e escrito em linguagem direta, coloquial e bem-humorada, o novo livro dessa colecionadora de best-sellers oferece aos leitores a opção de não precisar ser lido em sequência, uma vez que cada tópico, mesmo dentro do assunto em que se insere, é auto-suficiente.

Leia um trecho do livro abaixo.

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UM ASSUNTO DO BARULHO

Morar em apartamento não é igual a morar numa casa rodeada de jardins - por mais piscinas, garagens e porteiros chics que alguns prédios possuam. Ainda que essas moradas urbanas sejam bem construídas, ninguém fica totalmente isolado e livre do barulho de vizinhos.

Reparem: é sempre o de cima que faz barulho no de baixo, embora muitas vezes os moradores não saibam disso por terem como vizinhos do andar superior pessoas adultas e silenciosas. Isso faz com que eles nem desconfiem que a correria de suas crianças, o ranger da esteira ergométrica e a música que ouvem vazem para o apartamento de baixo. Mas vazam!

Educado é forrar o quarto onde as crianças brincam com algum tipo de revestimento isolante; usar a esteira e ouvir música em horários que não atrapalhem o sono dos vizinhos - ou seja, nunca antes das dez da manhã ou depois das dez da noite - e tomar outras providências que demonstrem algum cuidado com os outros.

Mas como agir quando moram no prédio pessoas que tocam instrumentos musicais como bateria e guitarra, que fazem aulas de canto lírico, ou que têm hobbies barulhentos como marcenaria? Minha sugestão é que os condôminos se reúnam e, assim como fizeram uma sala para ginástica e para festas, façam uma sala acústica para os que têm atividades barulhentas. Dessa forma, todo mundo fica feliz, e a paz no prédio está garantida - de modo justo e civilizado.

CLUBE NÃO É LUGAR DE FOLGA

Ninguém escolhe o país em que vai nascer, os pais que vai ter, nem mesmo as primeiras escolas em que vai estudar. Mas clube, em geral, a gente escolhe. Num determinado dia resolve que quer freqüentar tal clube para fazer esporte, para poder usar uma piscina, para ter onde levar as crianças, para encontrar pessoas. Como qualquer outra instituição, clubes são associações privadas que, ao serem fundados, criam seus estatutos, suas regras; assim, quem entra está automaticamente concordando em obedecer, já que está lá porque quis. Certo?

Pois é aí que a coisa pega. É impressionante a quantidade de reclamações que ouço contra o comportamento de sócios dentro dos clubes. Sócios que tratam mal os empregados, que entram molhados na sede social, que almoçam sem camisa, que arrumam brigas, que bebem além da conta e saem desacatando outros sócios e funcionários. Para essas pessoas, o clube é uma espécie de zona livre - nem casa, nem rua - o que permite um comportamento mais frouxo, com regras de convívio e de educação menos rigorosas.

E não pensem que essa folga se dá em grandes clubes populares. A mesma coisa acontece nos grã-finos, onde até em briga de garrafadas já se ouviu falar! O que os diretores dessas associações devem fazer é deixar bem claras as suas exigências. Coloquem as normas nas paredes dos vestiários, nos corredores da sede, nas academias, nos cabeleireiros. Assim, ninguém pode dizer que não sabia.

A conduta de uma pessoa num clube é extremamente indicativa da sua "taxa" de educação e de civilidade. Podem ter certeza que alguém que tem um comportamento grosseiro e cafajeste por lá é um cafajeste em sua vida pessoal também.

"Alô, Chics!"
Autora: Glória Kalil
Editora: Ediouro
Páginas: 224
Quanto: R$ 42,90
Onde comprar: pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha.

 
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