Livraria da Folha

 
10/01/2010 - 16h48

Homem que atirou no papa escreve carta para Dan Brown e planeja lançar livros

da Livraria da Folha

AP
João Paulo 2º passeia na praça de São Pedro momentos antes do atentado que sofreu no dia 13 de maio de 1981; à esquerda, em meio à multidão, criminoso aponta arma antes de disparar
Papa acena na pça de São Pedro momento antes do atentado; à esq., em meio à multidão, criminoso aponta arma

O homem que atirou e feriu o papa João Paulo 2º em 1981 planeja lançar dois livros após deixar a prisão neste mês, informou o jornal britânico "The Sunday Times", que recebeu uma carta dele. O turco Mehmet Ali Agca, 52, quer obter US$ 5 milhões com os lançamentos. Uma das obras seria sua autobiografia. O editor italiano Francesco Aliberti demonstrou interesse em publicar as memórias de Agca, citando "interesse mundial" por suas revelações, diz o jornal.

Ele também mandou uma carta ao escritor norte-americano Dan Brown, autor de "O Símbolo Perdido" e "O Código Da Vinci". Na correspondência, ele teria falado sobre o projeto de um livro com o título "O Código do Vaticano". O prisioneiro tem planos de liberar sua história para o cinema e documentário. Ele também pede US$ 2 milhões para dar entrevista em TV.

"Meu plano é proclamar o fim do mundo e escrever o evangelho perfeito...Eu vou proclamar o cristianismo perfeito que o Vaticano nunca entendeu", escreveu o turco na carta, segundo o "The Sunday Times".

Segundo o jornal, a expectativa é que ele esclareça se agiu sozinho no atentado contra o papa ou se fazia parte de alguma trama liderada por soviéticos interessados em eliminar a ameaça comunista no leste europeu, hipótese já negada. O turco deve ser solto no dia 18 deste mês, segundo Haci Ali Ozhan, seu advogado, para quem seu cliente está bem de saúde tanta física como psicológica.

O papa quase morreu com o atentado na praça de São Pedro em 13 de maio de 1981. Agca foi preso na praça pouco depois de atingir o pontífice. O papa publicamente perdoou Agca e o encontrou na prisão. João Paulo 2º morreu em 2005.

Agca passou 19 anos numa cadeia italiana pela tentativa de assassinato, antes de ser extraditado para a Turquia em 2000. Ele foi condenado por uma série de crimes cometidos na Turquia, incluindo a morte de um jornalista em 1979.

 
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