Livraria da Folha

 
11/01/2010 - 14h33

Primeiro Rock in Rio completa 25 anos; veja livros

da Livraria da Folha

U. Dettmar/Folha Imagem
O vocalista Freddie Mercury e o guitarrista Brian May durante apresentação da banda Queen no primeiro Rock in Rio
Freddie Mercury e Brian May do Queen no primeiro Rock in Rio

Idealizado pelo publicitário Roberto Medina, na época com 35 anos, o primeiro Rock in Rio completa hoje 25 anos. O festival de rock realizado em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, ocorreu entre 11 e 20 de janeiro de 1985 e reuniu 1 milhão e 380 mil pessoas, um público quase três vezes maior do que o lendário Woodstock.

O evento pode ser considerado o primeiro grande festival de música pop do país que, então na transição da ditadura militar para a democracia, não recebia muitos artistas internacionais.

Em dez dias de música, o Rock in Rio apresentou os internacionais Queen, Iron Maiden, AC/DC, Nina Hagen, B-52's, James Taylor, Rod Stewart, Ozzy Osbourne, Whtitesnake e Scorpions; além dos nacionais Gilberto Gil, Barão Vermelho, Erasmo Carlos, Blitz, Paralamas do Sucesso, Lulu Santos, Rita Lee, Alceu Valença, Moraes Moreira, Elba Ramalho, Ney Matogrosso, entre outros.

O festival deve voltar ao Brasil em 2011, em sua quarta edição --já aconteceu em 1985, 1991 e 2001. Desde 2004, o festival é realizado em Lisboa, Portugal, e Madri, Espanha, apesar do nome.

Veja a seguir uma relação de livros sobre a história do rock'n'roll e outros que contam a trajetória dos artistas que marcaram o festival brasileiro:

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Críticos listam uma série de discos essencial para a música
Críticos listam uma série de discos essencial para a história da música

"1001 Discos para Ouvir Antes de Morrer"

Irresistível guia ilustrado dos melhores discos de rock e pop. Aqui, 90 jornalistas e críticos de música de renome internacional apresentam uma seleção de álbuns que vão desde as origens do rock n' roll nos anos 50 aos sucessos atuais.

Verdadeiro guia da música pop mundial, o livro contextualiza cada álbum historicamente e traz comentários sobre as músicas, acompanhados de curiosidades sobre as gravações, bastidores e vida dos artistas. O livro é ilustrado com mais de 900 imagens de álbuns, cantores e bandas e tem prefácio de Michael Lydon, editor e co-fundador da revista "Rolling Stone".
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"Estação Brasil"

Publicado originalmente na Argentina, reflete o encanto que a nossa música exerce no país de Gardel e Piazzolla. Motivada por sua paixão pela música popular brasileira --sobretudo a de Caetano Veloso--, a jornalista Violeta Weinschelbaum veio ao Brasil em 1998 para entrevistá-lo.

Animada com o resultado, entre 1998 e 2005 a autora realizou outras 13 entrevistas com alguns dos principais nomes da MPB em atividade: Marisa Monte, Chico Buarque, Gal Costa, Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown, Gilberto Gil, Ney Matogrosso, Maria Bethânia, Milton Nascimento, Rita Lee, Tom Zé e o grupo +2 (Domenico Lancelotti, Alexandre Kassin e Moreno Veloso).

Com muito jogo de cintura e grande conhecimento de nossa história musical, Violeta soube achar o perfeito equilíbrio entre a entrevista informativa e a conversa de mesa de bar.
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Histórias e curiosidades do ritmo que revolucionou a música
Histórias e curiosidades do ritmo que revolucionou a música

"Almanaque do Rock"

Neste almanaque escrito por Kid Vinil, o leitor encontrará mais de 50 anos de história do bom e velho rock'n'roll. Esse ritmo contagiante que traduz excitação e frenesi nunca envelhece, pelo contrário, se renova a cada geração.

Se na década de 1950, quando foi inventado por Chuck Berry e Elvis Presley, significava uma fusão da country music e do rhythm'n'blues, hoje essa definição pode ser muito mais ampla. Com o passar dos tempos, o rock agregou elementos do jazz, da música clássica, do folk e de world music, entre outros.

Hoje, o gênero musical deita e rola na era digital, usando os famosos samplers, instrumentação eletrônica e muitos computadores. Mas uma coisa é importante ressaltar: o rock'n'roll nunca perdeu a sua rebeldia, o seu jeito de entrar com o pé na porta.

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AC/DC

"A História da Banda AC/DC"

A obra é escrita pela jornalista Susan Masino, que conheceu a banda durante a turnê de 1977. Ao longo dos anos, ela permaneceu em contato com eles e viu de perto o AC/DC chegar ao estrelato internacional.

O livro, que foi sucesso na Europa e Estados Unidos, traça a história da banda, desde seus primórdios, em Sydney, Austrália, no início dos anos 1970, além de detalhes como a trágica morte do vocalista Bom Scott, em 1980. A autora também conta como foi a escolha do novo front man, Brian Johnson, e os bastidores do álbum divisor de águas da história do rock, Black in Black, apontado pela RIAA (Recording Industry Association of America), orgão que controla o mercado fonográfico norte-americano, como o 2º álbum mais vendido da história.

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Erasmo revela sua trajetória até se tornar fenômeno da Jovem Guarda
Erasmo revela sua trajetória até se tornar fenômeno da Jovem Guarda

Erasmo Carlos

"Minha Fama de Mau"

O volume conta como Erasmo Carlos se tornou um fenômeno da Jovem Guarda e um dos primeiros popstars brasileiros, narrando como o cantor superou todas as limitações e o preconceito da Zona Sul carioca, consagrando-se, junto ao amigo Roberto Carlos, como o porta-voz sentimental de milhões de pessoas.

O cantor narra os primeiros trabalhos, como estoquista de loja de sutiãs a carregador de tijolos refratários. Erasmo fez de tudo até alcançar o sucesso e essas experiências frustradas o convenceriam de que seu destino definitivamente era trabalhar com música.

Aos 68 anos, quase 600 composições e muitos prêmios depois, Erasmo se mostra tão à vontade no texto quanto nos tempos da Jovem Guarda. As amizades, cultivadas ao longo de décadas, continuam firmes.

A família é representada pelos filhos Gil, Gugu e Léo, que formam junto ao pai "os quatro homens dependentes", de quem fala na música "Mulher", de 1981. Personificada, essa mulher seria Nara, sua esposa por 16 anos e ainda fonte de inspiração.

Sentado à beira do mesmo caminho, Erasmo acredita na sorte: "Mas também acredito no azar, bicho. Consegui na vida muito mais do que imaginei, não tenho do que reclamar," escreve o cantor.

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Gilberto Gil

"Gilberto Gil: Todas as Letras"

O livro reúne as cerca de 470 canções de autoria de Gilberto Gil, dentre as quais se destacam clássicos como "Domingo no Parque", "Aquele Abraço", "Cérebro Eletrônico", "Expresso 2222", "Refazenda", "Refavela", "Retiros Espirituais", "Realce", "Toda Menina Baiana", "Não Chore Mais", "Parabolicamará", entre outras canções. Além das letras do próprio Gil, incluem-se também composições feitas em parceria com Caetano Veloso, Chico Buarque e Milton Nascimento, e versões que Gil fez para músicas estrangeiras.

O volume, publicado a primeira vez em 1996, volta em edição ampliada e revista pelo próprio Gil e por Carlos Rennó. Gil comenta 200 dessas letras, em textos que são fruto de conversas do compositor com o organizador da coletânea, Rennó. A obra agrupa também composições inéditas, recuperadas graças à memória do artista ou levantadas em fontes como seus cadernos de versos, arquivos particulares, registros de shows antigos e acervos de editoras e gravadoras.

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Biografia revela em detalhes o surgimento da banda com Fernanda Abreu e Lobão
Biografia conta como surgiu a banda com Fernanda Abreu

Blitz

"As Aventuras da Blitz"

Escrita por Rodrigo Rodrigues, apresentador do programa "Vitrine" da TV Cultura e amigo pessoal de Evandro Mesquita, conta a história completa da banda Blitz, narrada com um texto bem-humorado.

A biografia revela em detalhes o surgimento da banda com Fernanda Abreu e Lobão; a ralação no circuito underground carioca; o sucesso com músicas que colocaram o Brasil todo para dançar; as polêmicas com críticos que odiavam a banda e a "blitzmania"; os grandes shows --no Rock in Rio, na Argentina e até em Moscou; as brigas entre os integrantes e, pela primeira vez, toda a verdade sobre o fim da Blitz.

Para escrever este livro, Rodrigues reuniu entrevistas e depoimentos de integrantes da banda. Com mais de 300 páginas e 200 imagens, a obra traz fotos do arquivo pessoal de Fernanda Abreu e conta também com projeto gráfico especial de Luiz Stein, o mesmo que, ao lado de Gringo Cardia, planejou e executou a programação visual da banda.

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Os Paralamas do Sucesso

"Os Paralamas do Sucesso"

Referência do rock nacional da década de 80, "Os Paralamas do Sucesso" têm sua história imortalizada em biografia de Jamari França, jornalista estreante como autor que acompanha este cenário musical desde o início.

A intimidade e o laço de amizade que o crítico adquiriu com os músicos ao longo dos anos foram essenciais para um trabalho minucioso e intenso de pesquisa cujas fontes foram os próprios protagonistas da história.

O acidente sofrido por Herbert Vianna em 2001 retardou o lançamento do livro, mas gerou um belo capítulo sobre o amor entre o vocalista e Lucy Nedham, morta na queda do ultraleve.

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Centenas de imagens contam a história do trio desde os primórdios da banda
Fotografias contam a história do trio desde os primórdios da banda

"Os Paralamas do Sucesso"

Nos anos 80, em pleno auge do rock no Brasil, três jovens --Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone-- começaram a fazer sucesso com a banda "Os Paralamas do Sucesso". Pelas letras, pelo som e pelo carisma dos integrantes, os músicos logo chamaram a atenção do público e despertaram o carinho dos fãs.

Neste livro estão reunidas mais de 250 imagens que contam a história do trio desde os primeiros momentos de existência da banda. As fotografias, aliadas aos comentários do autor Arthur Dapieve e de alguns dos próprios integrantes, narram histórias vividas por esses rapazes de ouro da MPB.

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Barão Vermelho

"Barão Vermelho: Por que a Gente É Assim"

Praça Del Vecchio, Rio de Janeiro. A contagem de Guto Goffi na bateria foi o sinal. Entraram os acordes do baixo de Dé, da guitarra de Frejat e dos teclados de Maurício Barros. Em seguida, veio a voz de Cazuza com "Billy the Kid", que viria a ser o primeiro grande sucesso do Barão Vermelho na versão "Billy Negão". O ano era 1981, e naquela tarde surgia uma das maiores bandas de rock do Brasil, formada por cinco garotos que mal se conheciam.

Essa e outras histórias, contadas por pessoas que fizeram parte da trajetória da banda, estão neste livro que vem acompanhado de um CD com gravações inéditas, com letras originais do início da carreira. Além de Guto Goffi, assina o livro o produtor Ezequiel Neves, um dos grandes personagens do rock brasileiro. O terceiro autor, o jornalista Rodrigo Pinto foi o responsável pela ampla pesquisa que dá sustentação à obra e pela redação final.

E o resultado não podia ser diferente: o livro é a imagem da banda. Ágil, divertido, contestador, com a cara da juventude que provocou um terremoto naquele país "careta" do final da ditadura militar. São histórias que vão fazer o leitor mergulhar num mundo de música, liberdade e contestação. Um fenômeno que une fãs de duas gerações.

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Rita Lee

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Livro traz uma biografia alucinada da rainha do rock, de Henrique Bartsch
O livro traz uma biografia alucinada da rainha do rock, Rita Lee

"Rita Lee Mora ao Lado"

Se você sempre quis conhecer as loucuras da ovelha negra mais adorável do rock nacional, então a pedida é devorar o livro "Rita Lee Mora ao Lado: Uma Biografia Alucinada da Rainha do Rock" (Panda Books, 2006).

O livro revela, finalmente, as dores, os amores e todas as cores da vida da roqueira que ajudou a criar e dar forma ao rock nacional. Tudo isso de forma nada convencional, diga-se. O músico paulista Henrique Bartsch, autor do livro, deixa a narração a cargo de Bárbara Farniente --uma vizinha que tem acesso privilegiado às loucuras de Rita e que revela, sem censura, suas melhores e mais tresloucadas histórias.

Participam dessa viagem muitos personagens da colorida vida da rainha do rock, como os Mutantes, Roberto Carlos, Wanderléa, Erasmo Carlos, Elis Regina, Raul Seixas, Gilberto Gil, Caetano Veloso e muitos outros!

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