Livraria da Folha

 
11/01/2010 - 17h57

Existência da cidade mítica de Eldorado é reforçada por descobertas arqueológicas

da Livraria da Folha

Uma das lendas que mais inspiraram autores em todo o mundo pode, finalmente, estar ganhando traços na realidade. Um artigo recentemente publicado na revista especializada "Antiquity" revela que foram encontrados mais de 200 rastros de uma avançada civilização pré-colombiana, com uma população que poderia chegar a 60 mil indivíduos. Estas seriam as mais fortes evidências de que o mito da cidade de Eldorado foi fundado na realidade.

Agora, centenas de anos depois que os navegadores ibéricos do século 16 ouviram os primeiros rumores acerca de uma cidade magnífica e imponente no meio da selva amazônica, o desmatamento e o mapeamento por satélite revelaram a existência de diversos aterros de formatos geométricos e trilhas construídas entre os séculos 2 a.C. e 13 d.C..

Com o desmatamento da floresta, muitas destas ruínas ficaram aparentes, e foram registradas por satélites. Alceu Ranzi, da Universidade Federal do Acre, teria encontrado algumas formas ao utilizar o serviço Google Maps para examinar locais de interesse.

Divulgação
Percy Fawcett mapeando a fronteira entre Brasil e Bolívia, em 1908
Fawcett mapeando a fronteira entre Brasil e Bolívia, em foto de 1908

Literatura
As aventuras do coronel Percy Fawcett, o mais célebre dos exploradores a procurar indícios sobre a existência da também chamada de "Cidade de Z", foi tema de diversas obras. "Z: A Cidade Perdida", lançado em 2009 pela Companhia das Letras, foi o mais recente título a reacender a questão. O livro conta a trajetória de Fawcett e de seu filho, que desapareceram na floresta amazônica em 1925 e, a partir disso, geraram uma infinidade de expedições e missões de resgate, todas infrutíferas.

Nesta mesma linha, "Cidade Perdida na Amazônia" e "A Cidade Perdida: Nas Pegadas do Coronel Fawcett" procuram lançar um pouco de luz sobre o obscuro fim do explorador e outras investidas que se seguiram a ela. Já em "Órfãos do Eldorado", o escritor manauense Milton Hatoum evoca a cidade perdida, mais como metáfora das buscas infindáveis do ser humano que como um lugar passível de ser encontrado.

Até o clássico criador do detetive vitoriano Sherlock Holmes teria sido seduzido pela épica busca de Fawcett. No livro "O Mundo Perdido", de Arthur Conan Doyle, é contada uma história sobre um cientista que afirma ter evidências de que espécies extintas sobrevivem na Amazônia. Para provar o que diz, ele embarcará em uma arriscada expedição em busca deste santuário pré-histórico --mais ou menos o que o próprio coronel fez.

 
Voltar ao topo da página