Livraria da Folha

 
20/01/2010 - 13h40

Poeta da grande tela, Federico Fellini completaria 90 anos hoje

da Folha Online

A doce vida na grande tela. A doce vida na própria vida. Federico Fellini (1920-1993), que hoje completaria 90 anos, conseguiu transpor as barreiras entre o pessoal e o profissional. Por meio do cinema, ele projetou seu mundo interior de maneira inovadora e original.

Divulgação
Marcello Mastroianni e Anita Ekberg beijam-se em "A Doce Vida", clássico da década de 1960, do cineasta italiano Federico Fellini
Marcello Mastroianni e Anita Ekberg beijam-se em "A Doce Vida", clássico da década de 1960, do cineasta italiano Federico Fellini

De histórias tristes ("A Estrada da Vida" e "Noites de Cabíria") e clássicos semi-autobiográficos ("A Doce Vida" e "8 ½") a épicos ambiciosos ("Satyricon" e "Casanova") e pseudo-documentários ("The Clowns", "Roma" e "Intervista"), Fellini conquistou espectadores pelo mundo com uma fórmula simples: o retrato, sem maquiagens, do cotidiano.

Os clássicos "A Doce Vida" e "Amarcord" perpassam um coro que não se calou até hoje no meio cinematográfico --o de focar no minúsculo, ações maiúsculas que não percebemos.

Divulgação
Volume reúne filmografia completa do cineasta italiano Federico Fellini
Volume reúne filmografia completa do cineasta italiano Federico Fellini

Outro ponto detalhado por Fellini é a reflexão sobre a modernidade em contraposição ao tradicionalismo imperante na Itália. Esse aspecto é destacado no livro "Conflito e Interpretação em Fellini", de Luiz Renato Martins. O autor detalha a produção de Fellini por meio de suas obras cinematográficas e analisa quatro filmes. São eles: "Roma" (1972), "Amarcord" (1973), "Ensaio de Orquestra" (1978) e "Cidade das Mulheres" (1980).

Chris Wiegand, em "Federico Fellini: Filmografia Completa", analisa os mais variados teores e estilos que o cineasta italiano utilizou para filmar. De histórias tristes e clássicos semi-autobiográficos a épicos ambiciosos e pseudo-documentários.

"Fazer um Filme", de autoria do próprio Fellini, revela ao leitor a profunda ligação do diretor com o cinema e sua paixão pela arte de filmar. O livro reúne a filmografia completa do cineasta italiano. O autor faz relatos sobre o processo cinematográfico e, em uma mistura de sinceridade e invenção, apresenta ao leitor sua vontade de chocar, de confessar, de ser a moral, o profeta, a testemunha e até o palhaço.

 
Voltar ao topo da página