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28/01/2010 - 17h09

Confira as obras de J.D. Salinger publicadas no Brasil

da Folha Online

O escritor J.D. Salinger morreu aos 91 anos, "de causas naturais", em sua casa em New Hampshire, nos EUA. Ele viveu recluso em seus últimos anos por opção própria. Em maio, o enigmático escritor sofreu uma fratura no quadril, mas havia se recuperado bem. Sua saúde se deteriorou no começo deste ano.

"Ele não teve nenhuma dor no momento de sua morte", informou sua agente literária, Phyllis Westberg, em um comunicado de imprensa no qual também ressaltou o desejo do autor de levar uma vida reservada e "defendendo sua privacidade a todo custo".

Veja abaixo as obras do autor publicadas no Brasil:

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Clássico do autor é sucesso de público e crítica até hoje
Clássico do autor é sucesso de público e crítica até hoje

"O Apanhador no Campo de Centeio" - Originalmente publicado em 1951, o único romance de J.D. Salinger funcionou como uma bomba de efeito retardado, pois só alcançou o sucesso de público anos depois, apesar de bem recebido pela crítica.

O encantamento do volume está na forma e no tom com que o protagonista, o adolescente Holden Caufield, narra as aventuras pela estrada até as ruas noturnas de Nova York. A viagem não é apenas externa, mas, principalmente, pelo interior do jovem em um período crucial do desenvolvimento, que separa a meninice da idade adulta.

Este romance é famoso pela acusação infundada de estimular o comportamento psicótico nos jovens. Entrou para a lista dos cem melhores livros do século 20, resultado de votação organizada pelo caderno "Mais!" da Folha em 1999.

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"Nove Estórias" - Livro reúne nove contos do escritor J. D. Salinger. A coletânea, que abre com a história intitulada "Um Dia Ideal para os Peixes-Banana", é a única autorizada pelo autor, que selecionou os textos a dedo. A obra se transformou em um verdadeiro achado "cult", um "crème de la crème de sua ficção". As histórias foram escritas para as revistas "The New Yorker" e "Harper´s".

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Novelas de Salinger narram as aventuras de Seymour Glass
Novelas de Salinger narram as aventuras de Seymour Glass

"Carpinteiros, Levantem Bem Alto a Cumeeira & Seymour, uma Apresentação" - Depois de marcar gerações de leitores do mundo inteiro com "O Apanhador no Campo de Centeio", de 1951, J. D. Salinger repetiu a dose neste livro: duas novelas que se desenvolvem em torno da figura preciosa de Seymour Glass. Para desespero do narrador --Buddy Glass, seu irmão caçula--, Seymour é o que se poderia chamar de protagonista fujão.

Na primeira novela, Buddy narra o escândalo causado pelo sumiço de Seymour no dia de seu próprio casamento: ele amava demais, era feliz demais para se casar. Na segunda, a tentativa de Buddy de esboçar um retrato do irmão torna-se um martírio, pois Seymour foge a qualquer definição. Prodígio de programas radiofônicos, poeta precoce, voluntário na Segunda Guerra, guru esquivo, inventor de um método zen para mirar bolinhas de gude --Seymour, afinal, é o quê? Personagem único, esse sujeito que está em toda parte e em lugar nenhum se estampa em alto-relevo na prosa viva e fora de esquadro de J. D. Salinger.

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"Franny e Zooey" - Este livro foge às classificações fáceis. É um romance? É uma novela? É a reunião de dois contos? É uma discussão sobre a fé? É uma crítica ao sistema? É tudo isso e mais: é uma deliciosa obra prima da carpintaria salingeriana. Nesta obra, ele apresenta ao leitor a estranhíssima família Glass, sua criação literária mais complexa.

 
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