Livraria da Folha

 
06/02/2010 - 12h44

Crítico de arte sugere livros sobre a estética modernista

da Livraria da Folha

A passagem da estética modernista e visual das artes plásticas para outra mais conceitual, que se cria a partir da pop art, é geralmente estudada de forma bastante parcial. Essa é a opinião do crítico de arte e professor de filosofia José Bento Ferreira, que realiza o curso Arte Moderna do Começo ao Fim na próxima semana (de 8 a 11 de fevereiro), no centro cultural B_arco (região oeste de São Paulo).

Durante os quatro encontros, ele pretende mostrar essa transição de forma distanciada, "com um olhar um pouco mais isento". Ao estudar as principais pinturas de alguns dos maiores artistas mundiais, como Cézanne, Picasso e Matisse, os participantes poderão entender melhor as relações entre arte, público, crítica e teoria, que se estabelecem a partir do modernismo.

Para quem quer saber mais sobre o assunto, José Bento Ferreira indica dois livros que falam sobre a arte moderna. Abaixo, saiba mais sobre as obras.

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Divulgação
Mostra a passagem da arte moderna para a arte contemporânea
Mostra a passagem da arte moderna para a contemporânea

"Arte Moderna"
Giulio Carlo Argan foi o último representante de uma grande tradição crítica que corresponde historicamente aos movimentos modernos da arte. De fato, o crítico e ensaísta italiano provém de uma escola (a de Adolfo e Lionello Venturi) que procura o sentido da arte na sua história, mais do que em faculdades inatas ou em princípios absolutos. Foi Argan, aliás, que levou essa orientação até as últimas consequências: se a arte é um fenômeno histórico, não há garantia de que ela seja eterna. O desaparecimento do artesanato, de que a arte era guia e modelo, e o surgimento da produção industrial, que se baseia sobre outros princípios, pode muito bem determinar o fim da arte como atividade culturalmente relevante. Essa tese é o pano de fundo deste livro.

"O Espaço Moderno"
O crítico de arte paulista Alberto Tassinari procura entender a passagem da arte moderna para a arte contemporânea, usando como fio condutor a ideia de que a arte contemporânea pode ser melhor compreendida por meio de uma conceituação de seu espaço. Importante contribuição para o entendimento de momento crucial da história da arte, o livro afirma uma disposição democrática ao articular os diferentes momentos artísticos, em lugar de excluí-los.

 
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