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27/03/2010 - 22h22

Para autor de "50 Grandes Psicólogos", ciência de Freud ainda dá os primeiros passos

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As mais influentes personalidades que construíram e desenvolveram a psicologia
As personalidades que construíram e desenvolveram a psicologia
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Segundo o professor e psicólogo irlandês Noel Sheehy, que leciona na Queen's University, a psicologia ainda se encontra na infância quando é comparada às outras ciências naturais, no entanto cresceu significativamente no último século.

Esse crescimento se deve, fundamentalmente, a grandes personalidades que pesquisaram e difundiram o conhecimento da área, promovendo o bem-estar de muitas pessoas.

Em "50 Grandes Psicólogos" Sheehy apresenta a vida, o pensamento, a obra e o impacto de algumas das mais influentes personalidades que construíram e desenvolveram a psicologia moderna.

De William James a Abraham Maslow, passando por Sigmund Freud e Noam Chomsky, mostra como a jovem ciência revolucionou o modo de pensar o homem. Abaixo, leia um trecho do livro.

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P R E F Á C I O

A psicologia moderna tem suas origens na vida intelectual e cultural da Alemanha das décadas de 1840 e 1850. Comparada às ciências naturais, a psicologia está na infância e, como toda criança, seu crescimento nos primeiros anos tem sido extraordinário. Há 150 anos, seria possível apresentar uma lista com o nome de todos os psicólogos da Europa e da América do Norte no verso de um envelope. Hoje, o número de pessoas com graduação em psicologia chega a muitas centenas de milhares. Este livro leva em consideração como cinquenta pessoas influenciaram a forma e a direção desse sucesso.

Quem são esses cinquenta grandes psicólogos? Os fundamentos da psicologia podem ser remetidos à convergência de idéias e métodos da filosofia, medicina e ciências naturais. Em diversos graus, as idéias e a influência dos grandes psicólogos aqui considerados refletem essas origens. Alguns, como Von Helmholtz, têm formação em medicina e física, outros são neurologistas (por exemplo, Sperry) e outros mais são matemáticos (por exemplo, Luce). Vários, como o lingüista Noam Chomsky e o etólogo Konrad Lorenz nunca se viram como psicólogos e declinariam essa descrição. Mas suas idéias e investigações encontram-se em áreas próximas à psicologia e causaram um profundo impacto no modo como os psicólogos pensam e explicam o comportamento.

Visões européias e norte-americanas têm identificado várias facetas da condição humana como algo de crucial importância. Entre elas, o cérebro, a percepção, a motivação, a aprendizagem, a inteligência, a linguagem, o pensamento, a personalidade, o desenvolvimento e as relações sociais. Os perfis aqui incluídos refletem o pensamento de pessoas essenciais em cada uma dessas áreas. Selecioná-las para inclusão foi uma tarefa maravilhosamente difícil.

Os textos seguem um mesmo formato. Os psicólogos sentem-se atraídos pela idéia de que o tipo que a pessoa assume na idade adulta geralmente remonta às experiências da infância, eis o motivo pelo qual são fornecidos detalhes biográficos.

Cada perfil também identifica algumas das influências intelectuais sobre o desenvolvimento de cada um desses pensadores e faz uma apreciação crítica da maneira como seu trabalho foi recebido. Cada ensaio termina com uma lista dos principais textos do autor e sugestões para outras leituras. Os cinquenta perfis não estão totalmente dissociados: observam-se conexões conceituais, temáticas e biográficas. No entanto, foram escritos para incentivar o leitor a consultar o livro do modo que mais lhe convier. Para os neófitos na psicologia, há um glossário de termos técnicos. Isso deverá facilitar o acesso a uma parte da linguagem que os psicólogos usam rotineiramente quando pensam e escrevem.

O filósofo e historiador George Santayana certa vez observou que aqueles que não conhecem sua história estão fadados a repetir seus erros. Uma leitura cuidadosa de alguns destes textos revelará que nem sempre isso é verdade. Em alguns casos, os psicólogos sabiam dos erros do passado e procuraram repetilos.

Mas a recorrência às vezes pode ser frutífera: andar em círculos pode ser uma boa atitude, contanto que o círculo seja suficientemente grande a fim de que, ao voltar para a tarefa, se possa vê-la sob novas luzes e o erro traga nova compreensão de sua natureza íntima.

Noel Sheehy

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50 Grandes Psicólogos
Autor: Noel Sheehy
Editora: Contexto
Páginas: 288
Quanto: R$ 49,00
Onde comprar: pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha

 
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