da Livraria da Folha
A primeira escola de samba do Brasil foi a Deixa Falar, criada no bairro carioca do Estácio, em 1928, pelo sambista Ismael Silva. No livro "O Pulo do Gato", o autor Márcio Cotrim conta a história da origem do nome.
"Escola porque ficava perto de uma escola pública do bairro e porque Ismael achava que seu grupo formaria professores do samba. O nome repetiu a frase de que ele tanto gostava: 'Deixa falar, nós também somos mestres. Somos uma escola de samba!"
A obra decifra a origem de palavras e expressões populares. Cotrim é carioca, jornalista, escritor e atualmente o diretor-executivo da Fundação Assis Chateaubriand, órgão corporativo do grupo Associados de comunicação.
Entre as expressões explicadas no texto de Cotrim, estão "não entender patavina", "tirar o cavalo da chuva", "agora é tarde, Inês é morta", "estar na pindaíba", "fazer uma vaquinha", "meter a mão em cumbuca", "Maria vai com as outras", "O importante é competir", "O pior cego é o que não quer ver".
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Outro título do gênero é "Conversando é que a Gente se Entende", de Nélson Cunha Mello. É possível encontrar tradução para expressões como: "Tem gringo no samba" (quando alguém destoa por não saber tocar), "enterro dos ossos" (reunião em que se consomem comida e bebida que sobraram de uma festa).
Em "A Casa da Mãe Joana", outro clássico sobre etimologia de palavras, frases e marcas, descobrimos o curioso sentido de outro termo típico do Carnaval: serpentina.
"O latim Serpentinu, relativo a serpente, originou em português o adjetivo serpentino, com o mesmo sentido. Serpentino passou para o feminino, serpentina, para designar, por analogia com o ofídio, tanto o conduto para aquecimento e resfriamento de fluidos, como a fita arremessada nas festas de carnaval."