da Livraria da Folha
Binu percorre centenas de quilômetros para entregar um casaco ao amado, que é levado à montanha da Grande Andorinha para trabalhar na construção da Muralha da China. Este mito milenar chinês, transmitido oralmente de geração em geração, é recontado por Su Tong no livro "A Mulher que Chora".
Divulgação |
Saga de Binu remete a mito milenar chinês, transmitido por séculos |
Reza a lenda chinesa de que os habitantes da aldeia do Pêssego, no sopé da montanha do Norte, são proibidos de chorar. Para manter os olhos sempre secos, a órfã Binu aprende a chorar pelos cabelos, e é isso que ela faz quando o jovem marido parte para trabalhar. A saga de Binu então se inicia.
Ao longo da jornada, a protagonista é aprisionada por meninos-cervos, chega a ser acorrentada a um caixão de defunto e é acusada de feiticeira. Tong descreve como a cultura e a sociedade chinesas têm sido percebidas ao longo dos séculos.
Este é o primeiro volume de Tong traduzido para o português. "A Mulher que Chora" será lançado em 26 de fevereiro pela Companhia das Letras. O escritor teve sua obra "Wives and Concubines", de 1989, roteirizada pelo diretor Zhang Yimou para a grande tela --"Lanternas Vermelhas".