Livraria da Folha

 
16/03/2010 - 21h26

Estrela de "Hannah Montana" usa aquário como metáfora para a vida; leia trecho

da Livraria da Folha

Em sua autobiografia "Hannah Montana e Eu", a atriz Miley Cyrus revê a sua trajetória de típica adolescente desconhecida até se tornar uma das estrelas mais reconhecidas de hoje.

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Estrela revela sua jornada e perpectivas para o futuro
Estrela revela sua jornada e perpectivas para o futuro

E ela narra toda a sua história com todo o bom humor que se tornou a marca registrada do seu programa. Da vida interiorana no Tennessee à escola, da equipe de líderes de torcida e das tarefas diárias no campo até sua explosão como estrela.

Quase da noite para o dia, Miley se lançou ao estrelato, tornando-se um fenômeno da TV e da música. Os dias de tranquilidade foram substituídos por shows com ingressos esgotados, participações em programas de TV e capas de revistas. Mas, ao longo de tudo isso, Miley tem se mantido próxima de sua família e amigos e em contato com as raízes sulistas que a tornaram tão forte.

Em "Hannah Montana e Eu", Miley conta a história verdadeira, cheia de humor e, muitas vezes, emocionante de uma menina amadurecendo --desde os momentos com seu avô e passeios com seu pai, Billy Ray, a seus problemas com meninas más.

Miley fala sobre o sofrimento com problemas e decepções amorosas e sobre como saiu deles sem marcas (relativamente). E agora, pela primeira vez, ela falará sobre tudo --as conquistas que ainda terá (carteira de motorista! Direito ao voto!), os sonhos a realizar (viajar para a Ásia! Encontrar o amor verdadeiro!) e as lições que devem ser aprendidas (lembrar de aproveitar todos os momentos!).

Leia abaixo o trecho no qual Miley relembra os seus primeiros peixinhos e as lições que eles deixaram.

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Lyric e Melody
Durante um tempo, tive dois peixes. Era obcecada por eles. Chamavam-se Lyric e Melody. Às vezes, quando devia estar escrevendo, ficava sentada e observava os dois nadando em círculos dentro do aquário. Do lado de fora, nos pastos, os cavalos corriam livres; mas eu ficava olhando para aqueles peixes nadando dentro de um mundo de vidro, e não conseguia desviar o olhar. Eram muito lindos! Colocava as mãos ao redor daquele aquário e sabia que ali existia algo maravilhoso - a vida dentro de um aquário.

A vida dentro de um aquário é um milagre, mas também uma armadilha. Lyric e Melody ficavam presos, destinados a passar pelas mesmas águas o tempo todo. O mundo dos dois nunca se expandiria. Jamais poderiam viver as aventuras de Nemo; nunca descobririam onde estavam. Eu olhava para o mundinho deles procurando por uma música. Pense além do aquário. Era isso o que dizia a mim mesma. Pense além do aquário. Não queria ficar presa como os peixes; presa olhando apenas para o mundo que estava à minha frente; presa, nadando em círculos. Mas, quando tinha 11 anos, na sexta série, era difícil imaginar qualquer mundo que fosse além daquele em que estava presa.

Nem sempre eu ficava presa. Às vezes, me desprendia. Toda história tem um começo, um meio e um fim, assim como esta. Mas só tenho 16 anos - vamos combinar: este é só "o começo" -, então, começar do dia em que nasci e contar todos os grandes acontecimentos de minha vida (Meu dente caiu! Fiz dez anos! Ganhei uma bicicleta nova!) até meus doces 16 anos não é bem como quero fazer isso.

Quero começar da sexta série, o último ano em que seria conhecida apenas como Miley Cyrus. Foi um divisor de águas - vejo-o como um marco entre a vida de antes e de agora.

 
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