Em livro, colunista do NYT alerta para a convergência de três eventos sísmicos
da Livraria da Folha
| Divulgação |
 |
| Autor aprofunda o debate sobre uso desordenado dos recursos |
Não foi à toa que o Citibank, os bancos da Islândia e os bancos de gelo da Antártida se derreteram todos ao mesmo tempo. Para o jornalista norte-americano Thomas L. Friedman, vencedor do prêmio Pulitzer, essa sucessão de acontecimentos ocorreu por conta do processo acelerado de desenvolvimento em que se encontravam as principais potências mundiais.
Friedman continua o debate sobre o uso desordenado dos recursos naturais em "Quente, Plano e Lotado" (Editora Objetiva, 2010), que chegou às livrarias brasileiras. O livro aprofunda a questão anteriormente iniciada em "O Mundo é Plano" que, desde 2005, vendeu 85 mil exemplares só no Brasil e se tornou um best-seller.
O colunista do "The New York Times" e vencedor de três prêmios Pulitzer alerta que o crescimento deve ser mais equilibrado, do ponto de vista econômico e ecológico. "Não podemos ser apenas consumidores e os chineses, produtores. E nenhum de nós pode permitir que as mercadorias produzidas e consumidas sejam fabricadas ou utilizadas de formas prejudiciais ao meio ambiente, como acontecia antes. Essa maneira de melhorar o padrão de vida é simplesmente insustentável", diz na introdução do livro.
Friedman mostra como o sistema de crescimento que adotamos desestabilizou o mercado e a natureza, em graus que não podem mais ser ignorados. A tríade "quente, plano e lotado" refere-se à convergência de três grandes eventos sísmicos que estão por vir, segundo o autor --o aquecimento global, o crescimento da classe média ao redor do mundo e a elevação da população global.
O jornalista lança um desafio aos Estados Unidos a fim de que liderem a revolução energética. Outro ponto que chama a atenção no volume é de como será a fazenda brasileira "inteligente" do futuro e os desafios/lições da China para o mundo.
