Livraria da Folha

 
24/03/2010 - 17h00

"1000 Obras-Primas da Pintura" fala das cores berrantes de Andy Warhol

da Livraria da Folha

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Coletânea reúne 1000 quadros mais admirados no mundo inteiro
Coletânea reúne os 1000 quadros mais admirados no mundo inteiro

Andy Warhol (1928-1987) usava cores berrantes e tinha brilhante sensibilidade para o ritmo visual das obras visuais. Essas e outras características do artista norte-americano estão no livro "1000 Obras-Primas da Pintura" (WMF Martins Fontes), que reúne imagens dos mil quadros mais admirados do mundo.

Nas 544 páginas da completa e sofisticada obra, o leitor terá acesso a uma minibiografia de Warhol e a reproduções de algumas de suas criações de destaque, como a "Marilyn Matizada de Azul (foto abaixo). A exposição "Andy Warhol, Mr. America" está em cartaz na Pinacoteca de São Paulo.

Em 544 páginas, livro reúne os mil quadros mais famosos do mundo
Pinacoteca recebe mostra de Warhol; veja livros sobre o artista

Das primeiras manifestações do movimento renascentista na Itália até as experimentações ousadas dos expressionistas abstratos e da pop art nos EUA, "1000 Obras-Primas da Pintura" mostra obras dos italianos Duccio di Buoninsegna (1255-1319) e Andrea del Sarto (1486-1530), do holandês Vincent Van Gogh (1853-1890) e dos franceses Claude Monet (1840-1926) e Henri Matisse (1869-1954). Ao todo, são minibiografias dos cem mais importantes nomes da pintura.

Abaixo, leia trecho da biografia do pintor e cineasta, que se tornou símbolo máximo do movimento da pop art no mundo.

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"Marilyn Matizada de Azul" (foto) é uma das obras de Andy Warhol presentes em "1000 Obras-Primas da Pintura"
"Marilyn Matizada de Azul" (foto) é uma das obras de Andy Warhol presentes em "1000 Obras-Primas da Pintura"

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Andy Warhol (1928 Pittsburgh - 1987 Nova York)

Não resta a menor dúvida de que Andy Warhol, como artista, conseguiu sentir perfeitamente o pulso da cultura moderna. Pela invenção de várias técnicas, e sobretudo por meio do isolamento visual de imagens preexistentes, pela repetição dessas imagens (com frequência assemelhadas a imagens impressas) e pelo uso de cores berrantes para denotar o espalhafato que costuma caracterizar a cultura de massas, ele lançou luz, direta ou indiretamente, sobre a anatomia, o tédio, o niilismo, o materialismo, a manipulação política, a exploração econômica, o consumismo, a idolatria das figuras públicas e a criação de necessidades e aspirações artificiais que são associadas à cultura moderna.

Além disso, em suas melhores pinturas e gravuras, revelou-se um excelente criador de imagens, com soberba percepção cromática e brilhante sensibilidade para o ritmo visual das obras visuais - qualidades que resultavam de sua intensa consciência das potencialidades pictóricas inerentes às formas. De início, suas imagens podem parecer excessivamente simples. Porém, essa mesma simplicidade não apenas lhe confere um alto grau de impacto visual imediato como também tem o raro poder de projetar gigantescas reverberações por meio de associações de ideias. Por exemplo, a reiteração visual que Warhol empregou numa grande quantidade de imagens tinha a intenção de estabelecer um paralelo associativo com a infindável repetição de imagens publicitárias na cultura de massas.

 
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