Livraria da Folha

 
14/04/2010 - 22h06

Editora britânica defende manter "romantismo" do livro na era digital

da Livraria da Folha

Em visita à Índia, John Makinson, presidente-executivo da editora britânica Penguin, destacou a necessidade de manter o romantismo do livro impresso, em meio à crescente popularização de aparelhos digitais como o iPad da Apple e o Kindle da Amazon, informa a agência de notícias Reuters.

"Precisamos manter o foco na relação emocional do leitor com o livro. Ainda é importante produzir um livro impresso bonito, com um bom design, que fique bonito numa prateleira, e que se possa dar de presente a um amigo (...) E o desafio é não perder de vista o principal, que continua sendo o livro. O que define um livro por si só deve mudar, mas ainda há a tradição, o romantismo do livro, e é essencial manter isso", disse Makinson, que estudou literatura e história na Universidade de Cambridge e começou a carreira como jornalista.

Segundo a Reuters, o iPad, meio-termo entre um smartphone e um notebook, está ajudando a criar um mercado para tablets que deve crescer para cerca de 50 milhões de unidades vendidas até 2014, gerando com ele um crescente mercado para livros digitais, que até agora cresceu pouco.

"Aparelhos digitais de tela grande estão abrindo as portas para nós para novas oportunidades: oportunidades de interação com os leitores, e de uso de redes sociais (...) Há oportunidades não só de um ponto de vista de marketing, mas de conteúdo e em termos de material novo", afirmou Makinson.

O executivo da Penguin disse que não são apenas os jovens que são atraídos pelos aplicativos legais e a maior interatividade dos aparelhos digitais, mas também leitores mais velhos que gostam de poder, por exemplo, aumentar o tamanho da letra do livro.

"Aparelhos digitais de tela grande estão abrindo as portas para nós para novas oportunidades: oportunidades de interação com os leitores, e de uso de redes sociais", disse Makinson.

 
Voltar ao topo da página