Livraria da Folha

 
23/04/2010 - 15h43

Roma crucificou Jesus por achar que era terrorista, diz visão marxista do cristianismo

da Livraria da Folha

Considerado um dos mais fiéis intérpretes da doutrina de Marx e Engels, Karl Kautsky faz em "A Origem do Cristianismo" um estudo das origens da religião levando em conta as condições econômicas e sociais tanto do Império Romano quanto da Palestina. O livro --publicado em 1908 e inédito até agora no Brasil-- apresenta fatos que revelam a faceta revolucionária de Jesus Cristo.

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Clássico marxista revê do ponto de vista histórico o papel de Jesus
Clássico marxista revê do ponto de vista histórico o papel de Jesus

A profunda análise que Kautsky faz dos Evangelhos aponta as suas contradições e busca revelar Jesus como homem, o chamado Jesus histórico, sua influência pela seita dos essênios, assim como o seu lado revolucionário.

Kautsky levanta a possibilidade de Pilatus ter acreditado que Jesus fosse um zelote --revolucionário que lutava contra a opressão do Império Romano e que muitas vezes cometia atos terroristas suicidas, assassinando dignitários. Desta forma, a crucificação, castigo reservado aos rebeldes e outros inimigos da sociedade, foi a punição estipulada para o líder de uma insurgência frustrada.

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Alguns termos caros à doutrina marxista são utilizados pelo autor, admirado pelos marxistas ortodoxos e por outros nomes da história pouco fiéis ao marxismo puro. Apesar de discordar de Karl Kautsky, que se opunha à "ditadura do proletariado" em curso na URSS, Lênin reconheceu que ele foi um verdadeiro "historiador marxista" e afirmou que os seus trabalhos em história eram um "patrimônio perdurável do proletariado", entre eles "A Origem do Cristianismo", cuja primeira edição foi publicada em 1908, na Alemanha.

 
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