da Livraria da Folha
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Por meio de um alter ego, escritora revela história da secretária de Fidel |
A cubana Nadia Guerra precisa encontrar Albis Torres, sua mãe, que foi perseguida pelo regime cubano e teve que deixar o país quando sua filha tinha apenas 10 anos. Com sua volta à Havana, após um longo período em Moscou sofrendo com uma doença que lhe consumiu a memória, Albis tenta retomar sua vida com Nadia, que descobre em uma caixa de objetos pessoais rascunhos de um romance que a mãe escrevia sobre Celia Sánchez, secretária pessoal de Fidel Castro e heroína da Revolução Cubana.
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A história, descrita por Wendy Guerra em "Nunca Fui Primeira-Dama", mescla ficção e realidade por meio do relato de Nadia, alter ego da escritora e poeta. Com depoimentos de familiares, a obra reconstrói a vida de Albis e de Celia, que teria possivelmente se casado com Fidel em sigilo.
Neste livro, Wendy reproduz a história proibida das mulheres cubanas. A busca por Albis é também uma viagem da personagem e da escritora ao seu próprio passado. No papel de sua própria personagem, a autora permite com que o leitor adentre as mais íntimas faces da revolução.
Nascida em 1970, em Havana, Wendy é formada em cinema pelo Instituto Superior de Arte de Havana. Em 2006, recebeu o Prêmio Bruguera por seu primeiro romance, "Todos se Van". Publicou também "Posar Desnuda em La Habana", "Platea a Oscuras", "Cabeza Rapada" e "Ropa Interior". "Nunca Fui Primeira-Dama" é o primeiro lançado no Brasil.
Wendy enfrenta os limites do regime de Cuba, onde ainda mora e sua obra permanece inédita em solo cubano. O livro já foi publicado em oito países.