da Livraria da Folha
Rogério Cassimiro/Folha Imagem |
Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, chefe do PCC durante os ataques de maio |
Em 12 de maio de 2006, São Paulo presenciou uma histórica onda de ataques contra sua força de segurança. Atribuídos ao PCC (Primeiro Comando da Capital), a violência gerou pânico e, no dia 20 do mesmo mês, o número de mortos chegou a 493. A repressão da polícia causou mortes, prisões e prejuízo financeiro aos traficantes.
Após quatro anos, a Livraria da Folha procurou o especialista em segurança pública José Vicente da Silva Filho, coronel da reserva da PM de São Paulo e ex-secretário Nacional de Segurança Pública, para explicar qual era a situação na época e o que mudou de lá pra cá. Ouça.
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Antropóloga conduz o leitor por um mundo desconhecido e controverso |
Segundo o especialista, a ação da inteligência da PM de São Paulo, que monitora o grupo criminoso, é uma das chaves para coibir novos atentados da magnitude vista anos atrás.
A antropóloga Karina Biondi teve acesso ao universo pouco conhecido da organização criminosa, sua história, modo de funcionamento, ética e organização política.
O marido de Karina foi inocentado depois de cumprir de seis anos de prisão, e durante esses anos ela o visitou em diversas cadeias do Estado de São Paulo, reunindo informações como antropóloga e como esposa de detento.
A pesquisa, desenvolvida em sua tese de mestrado, está em "Junto e Misturado: uma Etnografia do PCC" (Terceiro Nome, 2010). O livro é a primeira obra antropológica sobre o Primeiro Comando da Capital.