da Livraria da Folha
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Ensaios mostram que clássicos não são sinônimo de livros pedantes |
O crítico e ensaísta norte-americano Michael Dirda se especializou em resenhar livros de uma forma direta e próxima ao leitor médio.
Fugindo de academicismos e herméticos termos intelectualóides, ele mostrou resenhando livros por cerca de 30 anos no "Washington Post" que os grandes clássicos podem ser apreciados por qualquer pessoa, independente do seu cabedal teórico. E que essa relação pode, e deve, ser prazerosa e não um fardo. Mas isso apenas se analisarmos as obras a partir de como ela influencia o leitor e seu momento de vida.
O autor comenta seus livros preferidos, de Safo a Italo Calvino, não porque os considera sagrados ou obrigatórios, mas porque passou horas inesquecíveis em sua companhia. Mostra seu prazer confessando os sentimentos que lhe causaram --como não raro o da angústia e o da melancolia-- e analisando a vitalidade de cada criação, independentemente de gênero, época e ideologia por trás dos tomos.
Mesmo que não aliene o leitor leigo, Dirda também se mostra preocupação em interessar os ratos de biblioteca inveterados ao fugir das obras "lugares-comum" de cada autor analisado, se concentrando em livros secundários do ponto de vista da notoriedade, mas não menos interessantes que as obras-primas.