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Garoto, chamado de Rebeca Blackout, mostra unhas pintadas a pedido de entrevistador |
Ele diz ter 13 anos, que começou a fazer sexo com homens aos 7 e que, às vezes, se prostitui. Mesmo sendo menor de idade, o entrevistador filma seu rosto, dispara perguntas de cunho erótico e até o incentiva a fazer a dança do poste, típico de strippers. O garoto negro é apresentado como Rebeca Blackout, nome do vídeo que virou hit no YouTube brasileiro (mais de 165 mil visualizações, em uma das versões).
Os comentários se dividem entre o tom jocoso, homofóbico, e a condenação. "Triste! Uma criança de 13 anos se prostituindo e esse video com 160 mil visitas. O ministério público e os visitantes deveriam estar de olho no que acontece no youtube", postou o usuário "mmatos0985", há uma semana.
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A exibição de menores no YouTube em situações constrangedoras é cada vez mais frequente. No vídeo de Rebeca Blackout, há indicações para outros que também expõem a erotização precoce de crianças e adolescentes. Nem sempre está claro que os menores têm conhecimento de que sua imagem será explorada em sites de grande audiência, como o YouTube.
Nos últimos anos, ganhou destaque na mídia o "cyberbullying", ações hostis contra uma pessoa difundidas na internet, capazes de provocar graves distúrbios, como depressão, ansiedade crônica, fobia e estresse pós-traumático. Nas livrarias, o tema fez aumentar o número de lançamentos. Há volumes como "Proteja seu Filho do Bullying", "Fenômeno Bullying" e "Crianças e Adolescentes Seguros".
Em um país ainda marcado pelo preconceito racial e pelo desprezo a questões como a prostituição infantil, não é de se estranhar que o vídeo de Rebeca Blackout provoque, no YouTube, mais manifestações de escárnio do que indignação.
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