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14/09/2006
-
14h18
da Efe, em Beirute
da Folha Online
A aviação israelense violou mais uma vez nesta quinta-feira o espaço aéreo libanês, mesmo diante da resolução 1.701 do Conselho de Segurança (CS) da ONU (Organização das Nações Unidas), que colocou fim a 34 dias de hostilidades entre Israel e o grupo xiita libanês Hizbollah, informou o Exército libanês.
Em comunicado oficial, as Forças Armadas libanesas afirmam que 12 caças-bombardeiros israelenses "violaram o espaço aéreo no sul, no Vale de Bekaa (leste) e chegaram até Chekka e Trípoli", o que constitui uma "violação da resolução 1.701".
Nesta terça-feira (21), o secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, apresentou ao CS da ONU um relatório no qual afirmava a necessidade de Israel parar de violar o espaço aéreo libanês, a fim de manter a trégua instaurada pela resolução.
Durante os 34 dias de conflito, israel lançou pesado bombardeios sobre o líbano, deixando cerca de 1.400 mortos [1.200 deles civis], arrasando cidades inteiras, além de gerar o deslocamento 700 mil pessoas. O Hizbollah também lançou cerca de 4.000 foguetes contra o norte de Israel, deixando cerca de 200 mortos [a maioria militares], danificando construções e fazendo com que 300 mil pessoas deixassem suas casas e procurasse abrigos antiaéreos.
Relatórios da organização Anistia Internacional condenaram tanto Israel como o Hizbollah por violação dos direitos humanos.
Patrimônio cultural
Uma delegação técnica da Organização da ONU para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) está no Líbano para avaliar o impacto causado pela ofensiva militar israelense ao patrimônio cultural libanês, segundo publicado nesta quinta-feira pelo jornal "L'Orient-Le Jour".
"Os mísseis, que caíram sobre um edifício a cerca de 200 metros do hipódromo, atingiram os afrescos de um mausoléu que data da época romana, que se desprenderam e infelizmente foram destruídos", afirmou Bouchenaki.
O subdiretor da Unesco recomendou "consolidar imediatamente" o que ainda resta desta obra para evitar que sua deterioração continue, e disse que "o lugar ficou relativamente protegido dos bombardeios".
Desde o início dos bombardeios aéreos, terrestres e marítimos israelenses contra o Líbano, o ministro da Cultura libanês, Tarek Mitri, pediu ajuda à Unesco para preservar lugares e construções considerados patrimônio da humanidade.
Por motivos de segurança, a delegação não pôde visitar os sítios arqueológicos da região de Marjeyoun, devido "às bombas e minas que ainda não foram desativadas", mas espera poder fazer isso "quando a situação permitir".
A equipe técnica, integrada por especialistas em estrutura e em conservação, visitou Anjar e Baalbeck --esta última, cidade do leste do Líbano bombardeada sistematicamente pelos israelenses.
"Pudemos constatar que não houve destruições por causa da guerra, mas sim conseqüências mínimas, como, por exemplo, o desprendimento do bloco de um muro", afirmou o subdiretor geral da Unesco.
Bouchenaki disse que "a missão aproveitou a longa visita para fazer uma série de recomendações sobre as rachaduras nos muros e nas colunas e arcos, que deverão ser reforçados".
A delegação está encarregada de estudar a situação dos lugares que constam na lista do patrimônio da humanidade e também inspecionará Biblos (norte), cujo porto foi atingido pela maré negra provocada pelo bombardeio israelense contra os depósitos de uma central elétrica a poucos quilômetros do sul de Beirute.
Também visitará o templo de Achmun e a parte antiga da cidade de Sidon, no sul do país.
As conclusões serão apresentadas em 18 de setembro na sede da Unesco, em Paris.
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da Folha Online
A aviação israelense violou mais uma vez nesta quinta-feira o espaço aéreo libanês, mesmo diante da resolução 1.701 do Conselho de Segurança (CS) da ONU (Organização das Nações Unidas), que colocou fim a 34 dias de hostilidades entre Israel e o grupo xiita libanês Hizbollah, informou o Exército libanês.
Em comunicado oficial, as Forças Armadas libanesas afirmam que 12 caças-bombardeiros israelenses "violaram o espaço aéreo no sul, no Vale de Bekaa (leste) e chegaram até Chekka e Trípoli", o que constitui uma "violação da resolução 1.701".
Nesta terça-feira (21), o secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, apresentou ao CS da ONU um relatório no qual afirmava a necessidade de Israel parar de violar o espaço aéreo libanês, a fim de manter a trégua instaurada pela resolução.
Durante os 34 dias de conflito, israel lançou pesado bombardeios sobre o líbano, deixando cerca de 1.400 mortos [1.200 deles civis], arrasando cidades inteiras, além de gerar o deslocamento 700 mil pessoas. O Hizbollah também lançou cerca de 4.000 foguetes contra o norte de Israel, deixando cerca de 200 mortos [a maioria militares], danificando construções e fazendo com que 300 mil pessoas deixassem suas casas e procurasse abrigos antiaéreos.
Relatórios da organização Anistia Internacional condenaram tanto Israel como o Hizbollah por violação dos direitos humanos.
Patrimônio cultural
Uma delegação técnica da Organização da ONU para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) está no Líbano para avaliar o impacto causado pela ofensiva militar israelense ao patrimônio cultural libanês, segundo publicado nesta quinta-feira pelo jornal "L'Orient-Le Jour".
"Os mísseis, que caíram sobre um edifício a cerca de 200 metros do hipódromo, atingiram os afrescos de um mausoléu que data da época romana, que se desprenderam e infelizmente foram destruídos", afirmou Bouchenaki.
O subdiretor da Unesco recomendou "consolidar imediatamente" o que ainda resta desta obra para evitar que sua deterioração continue, e disse que "o lugar ficou relativamente protegido dos bombardeios".
Desde o início dos bombardeios aéreos, terrestres e marítimos israelenses contra o Líbano, o ministro da Cultura libanês, Tarek Mitri, pediu ajuda à Unesco para preservar lugares e construções considerados patrimônio da humanidade.
Por motivos de segurança, a delegação não pôde visitar os sítios arqueológicos da região de Marjeyoun, devido "às bombas e minas que ainda não foram desativadas", mas espera poder fazer isso "quando a situação permitir".
A equipe técnica, integrada por especialistas em estrutura e em conservação, visitou Anjar e Baalbeck --esta última, cidade do leste do Líbano bombardeada sistematicamente pelos israelenses.
"Pudemos constatar que não houve destruições por causa da guerra, mas sim conseqüências mínimas, como, por exemplo, o desprendimento do bloco de um muro", afirmou o subdiretor geral da Unesco.
Bouchenaki disse que "a missão aproveitou a longa visita para fazer uma série de recomendações sobre as rachaduras nos muros e nas colunas e arcos, que deverão ser reforçados".
A delegação está encarregada de estudar a situação dos lugares que constam na lista do patrimônio da humanidade e também inspecionará Biblos (norte), cujo porto foi atingido pela maré negra provocada pelo bombardeio israelense contra os depósitos de uma central elétrica a poucos quilômetros do sul de Beirute.
Também visitará o templo de Achmun e a parte antiga da cidade de Sidon, no sul do país.
As conclusões serão apresentadas em 18 de setembro na sede da Unesco, em Paris.
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