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20/09/2006 - 13h55

Chávez mantém ataque e chama Bush de "diabo" em discurso na ONU

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da Folha Online

No segundo dia da 61ª Assembléia Geral das Nações Unidas, o presidente Hugo Chávez chamou George W. Bush de "diabo" e pediu ao mundo que se levante contra as pretensões hegemônicas americanas, que colocam em perigo a sobrevivência do planeta.

Em seu discurso nesta quarta-feira, o presidente venezuelano disse que a maior ameaça que paira sobre o planeta são as estratégicas e pretensões imperialistas dos EUA.

Matt Campbell/Efe
Hugo Chávez discursa na assembléia da ONU em Nova York, na qual chamou Bush de "diabo"
"O diabo está em casa. Ontem o diabo veio aqui. Este lugar cheira a enxofre", disse Chávez, em referência à participação de Bush no evento.

Ontem, em seu discurso, na abertura do encontro, Bush usou seu tempo para acirrar ainda mais o clima de tensão entre Washington e Teerã. Ele disse que o povo iraniano tem o direito de determinar seu próprio futuro e que o maior obstáculo no Irã são seus governantes --em referência direta ao presidente Mahmoud Ahmadinejad.

"O grande obstáculo é que seus governantes [referindo-se ao governo iraniano] escolheram lhes negar a liberdade, utilizar os recursos de seu país para patrocinar o terrorismo e buscar a fabricação de armas nucleares", disse.

Bush tenta conquistar apoio da população do Irã para pôr fim ao atual governo daquele país. "Vocês [iranianos] merecem a chance de decidir seu próprio futuro, de ter uma economia que recompense sua inteligência e seus talentos e uma sociedade que lhes permita utilizar seu enorme potencial."

A resposta ao comentários de Bush veio logo em seguida. Ahmadinejad fez ataques tanto aos EUA como ao Reino Unido, acusando-os de manipular a ONU em seu benefício, e defendeu o direito de o Irã dispor de energia nuclear.

"Todas as nossas atividades nucleares são transparentes, pacíficas e estão sob a atenta vigilância dos inspetores da AIEA" (Agência Internacional de Energia Atômica), disse Ahmadinejad.

O presidente iraniano questionou "por que alguns governos se opõem a esse direito" e denunciou "os que produziram e usaram bombas atômicas contra a humanidade", em clara referência aos EUA.

Teerã não acata exigências do Conselho de Segurança da ONU para a suspensão de seu programa nuclear, alegando ter o o direito de desenvolver energia atômica para fins pacíficos, assim como o enriquecimento de urânio --processo que pode tanto produzir combustível para usinas de energia quanto material bélico.

Os EUA afirmam que o programa nuclear iraniano é uma fachada para o desenvolvimento de armas nucleares.

Com Efe e France Presse

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